A "novela" envolvendo os airbags defeituosos da Takata ainda não chegou ao fim. Recapitulando, os componentes dessa fabricante, que fornecia para diversas marcas automotivas, podem disparar fragmentos de metal contra os ocupantes quando o equipamento de segurança é acionado. Estima-se que nada menos que 100 mil veículos já passaram por recall devido ao problema. E esse número segue aumentando: a Toyota acaba de anunciar uma ação corretiva para carros dos modelos Corolla, RAV4 e Matrix.
Recall não envolve apenas carros da Toyota
O recall, que foi anunciado nos Estados Unidos, envolve veículos com cerca de 20 anos de idade, fabricados entre 2003 e 2005. Junto com a Toyota, a marca Pontiac, que pertencia à General Motors (GM) até ser extinta, em 2010, também anunciou uma ação de substituição dos airbags defeituosos da Takata para o modelo Vibe, produzido entre 2003 e 2004: ao todo, os chamados envolvem aproximadamente 61 mil carros das duas fabricantes.
O mais curioso em relação ao recall é que tanto a Toyota quanto a Pontiac orientam os proprietários a não dirigirem os carros relacionados enquanto os airbags não forem substituídos. E isso vale até mesmo para ir à concessionária em atendimento ao chamado: as empresas providenciarão o reboque, ou então enviarão uma oficina móvel até a casa dos clientes.
Relembre o caso dos airbags mortais da Takata
Em linhas gerais, o problema nos airbags da Takata deve-se a um erro de projeto, já que a empresa utilizou nitrato de amônia na peça responsável pelo acionamento das bolsas, chamada de insuflador. Ocorre que esse gás é muito volátil, principalmente depois que vai sofrendo variações de temperatura e ação da umidade ao longo do tempo. O resultado é uma explosão tão violenta que acaba destruindo todo o insuflador: daí surgem os estilhaços de metal potencialmente letais para os ocupantes.
Cerca de 400 pessoas ficaram feridas e 30 morreram em decorrência dos airbags defeituosos em todo o planeta: desse total, ao menos três dos incidentes fatais ocorreram no Brasil. Os prejuízos decorrentes das inúmeras ações de recall, realizadas em todo o planeta, foram tão altos que a própria Takata acabou fechando as portas.
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