Um carro histórico para a Fórmula 1, o Lotus-Climax Type 12 1957/58 ‘353’, irá a leilão na Bonhams|Cars Monaco Sale, ‘Les Grandes Marques à Monaco’, no começo de maio. Ele foi o primeiro carro de Fórmula 1 da marca britânica, que posteriormente viria ser sete vezes campeã.
O bólido em leilão foi pilotado pelo cinco vezes vencedor do GP de Mônaco e bicampeão mundial, Graham Hill, que faria sua estreia na clássica corrida de Monte Carlo no Lotus. O monoposto está estimado entre 290 mil euros e 390 mil – em conversão direta, isso dá algo em torno de R$ 1,5 milhão e R$ 2,1 milhões.
História do primeiro carro de Fórmula 1 da Lotus que vai a leilão
O veículo é chamado de “um dos mais significativos historicamente de todos os carros do Grande Prêmio de Fórmula 1 da Grã-Bretanha”. O fundador da Lotus, Colin Chapman, projetou o modelo de assento único em 1956 para entrar, inicialmente, em corridas da Fórmula 2.
Posteriormente, Chapman decidiu disputar a categoria principal com o Lotus Type 12, que será leiloado, e realizou modificações de acordo com as especificações da Fórmula 1. A estreia ocorreu em 18 de maio de 1958. Mesmo sem vitória, a Lotus iniciou ali a sua história, que teria sete vitórias em Monte Carlo. A última vitória seria em 1987, com Ayrton Senna pilotando um modelo 99T.
A Bonhams diz que apenas sete dos monopostos foram fabricados em 1957 e apenas cinco se tornaram inscrições de fábrica. É esperado uma forte demanda pelo lendário veículo de corrida.
Posteriormente, o Lotus Type 12 foi vendido para Maria Teresa de Filippis, uma piloto italiana que ficou conhecida, entre outras coisas, por ser a primeira mulher a correr na Fórmula 1. Após passar pelas mãos de outros corredores, o veículo foi levado para a Austrália, onde foi restaurado à condição de funcionamento e agora irá a leilão.
Lotus Type 12 que será leiloado tem cor histórica
O primeiro carro da Lotus a competir na Fórmula 1 é pintado na cor British Racing Green. A pintura surgiu em 1902, quando a Inglaterra – país da equipe do modelo que vai a leilão – sediou a Gordon Bennett Motor Cup, antecessora do atual Grand Prix. No entanto, a competição não pode ser feita na terra da rainha, pois esbarraram no limite de velocidade.
Dessa forma, a corrida passou para a Irlanda, um país que não havia limite de velocidade e era rico em vegetação. De acordo com a lenda, os pilotos ingleses pintaram seus carros de verde escuro, para homenagear a ilha, e, assim, surgiu a British Racing Green.
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