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Renault e Toyota anunciam demissões em fábricas na Argentina

Queda nas vendas do mercado interno e também nas exportações teriam provocado os cortes

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Toyota é uma das várias multinacionais que mantêm fábrica na Argentina
Toyota é uma das várias multinacionais que mantêm fábrica na Argentina Foto: Foto: Toyota/Divulgação

Na última semana, Renault e Toyota anunciaram, na Argentina, a abertura de planos de demissão voluntária para trabalhadores. As multinacionais atribuem os cortes nos quadros de funcionários à queda nas vendas de veículos no mercado interno e também em países como Chile, Peru e Colômbia, que são grandes importadores do setor. Nenhuma delas cita o Brasil, onde os emplacamentos estão em alta. 

A Renault, que mantém uma fábrica em Santa Isabel, nos arredores de Córdoba, não renovará os contratos de aproximadamente 270 colaboradores. Além disso, a empresa afirma que concederá benefícios para os trabalhadores que aderirem ao plano de demissão voluntária. Em alguns casos, serão oferecidas aposentadorias antecipadas.

Na Argentina, a Renault produz os modelos Kangoo, Sandero, Stepway, Logan e Alaskan, além da Nissan Frontier: vale destacar que as marcas francesa e japonesa integram uma aliança global, da qual a Mitsubishi também faz parte. A caminhonete, inclusive, chega ao Brasil importada do país vizinho. 

Por sua vez, a Toyota pretende reduzir 400 postos de trabalho na unidade industrial de Zárate, localizada na Região metropolitana de de Buenos Aires. A empresa, porém, não detalhou o plano de demissões: de acordo com o site Motor1 Argentina, os cortes devem fazer com que a fábrica produza cerca de 25 veículos a menos em 2024. 

O complexo de Zárate é responsável pela produção da caminhonete Hilux e do SUV SW4. Lá, a Toyota também monta, com componentes importados, o furgão Hiace: esse último não é vendido no Brasil, mas os demais produtos desembarcam por aqui via importação.

Chevrolet suspende produção de veículos na Argentina

Outra multinacional do setor automobilístico que anunciou medidas para reduzir a produção de veículos na Argentina é a General Motors (GM), detentora da marca Chevrolet. A empresa suspendeu as atividades na fábrica de Santa Fé, próxima a Rosário, entre os dias 27 de março e 14 de abril. Ao contrário de Renault e Toyota, porém, a multinacional de origem estadunidense não abriu plano de demissões. 

Vale lembrar que a unidade industrial da GM em Santa Fé já havia passado, recentemente, por outro período de inatividade, entre o último mês de dezembro e o dia 4 de março. A fábrica argentina fornece o Tracker, que também é produzido no Brasil, mais precisamente em São Caetano do Sul (SP).