O momento, definitivamente, não é bom para a Tesla. Primeiramente, porque as vendas dos carros elétricos da empresa de Elon Musk caíram nada menos que 8,5% no primeiro trimestre de 2024, em relação ao mesmo período do ano anterior. Enquanto a multinacional comercializou 423 mil veículos nos três primeiros meses de 2023, o total entre janeiro e março últimos não passou de 387 mil unidades.
É até verdade que as vendas de carros elétricos vêm demostrando estagnação no mundo inteiro, para todas as marcas. Porém, esse problema, apesar de grave, não é o único enfrentado pela Tesla atualmente. Outro verdadeiro pesadelo vivido pela fabricante no momento é a picape Cybertruck, que vem apresentando uma série de problemas nas mãos dos proprietários.
Cybertruck é problemática para Tesla e para proprietários
Os donos da caminhonete vêm se queixando de defeitos que vão desde ferrugem e dificuldade de limpar a carroceria em aço inoxidável até o sistema de fechamento do capô, que pode decepar os dedos do motorista. A repercussão negativa na imprensa e nas redes sociais tem sido tão grande que o próprio Elon Musk, dono da Tesla, declarou: "cavamos nossa própria tumba com a Cybertruck.
Nesse ponto, vale lembrar que o desenvolvimento da picape foi muito mais demorado e caro do que a empresa calculava. Inicialmente, a estimativa era lançar a Cybertruck em 2019, mas isso só aconteceu em 2024, após um atraso de 5 anos. Além disso, a caminhonete elétrica tem autonomia menor e preço mais elevado do que o fabricante previa.
A Tesla, como é de praxe no setor automobilístico, não revela quanto gastou no projeto, mas o caso é que os recursos parecem estar fazendo falta em outras áreas. Uma delas é a tecnologia de direção autônoma dos carros da marca, chamada de AutoPilot, que é considerada problemática por autoridades de trânsito dos Estados Unidos e da Europa: tanto que, nesses locais, o motorista precisa manter aos mãos no volante ao dirigirem veículos da marca.
Mais dificuldades
Enquanto o sistema da Tesla recebeu uma série de atualizações, mas permanece na mesma geração, outras marcas, entre as quais Mercedes-Benz e Ford, já apresentaram tecnologias ainda mais avançadas, que prometem maior confiabilidade e segurança. Assim, a empresa de Elon Musk corre sério risco tanto de perder um de seus maiores diferenciais quanto de ser ultrapassada pela concorrência.
Como se não bastassem a queda nas vendas e os problemas com a Cybertruck, a Tesla ainda enfrenta outro sério percalço: uma baixa de espantosos 37% no mercado de ações ao longo do último ano. especialistas atribuem a perda de valor da companhia à instabilidade causada pelo próprio Elon Musk com um novo caro elétrico de entrada, chamado de Model 2. O próprio bilionário havia anunciado o modelo, mas depois demostrou indecisão e, por fim, cancelou o projeto.
Diante de todas essas dificuldades, e também da investida da indústria chinesa em carros elétricos, alguns analistas preveem que as perspectivas da Tesla são sombrias. Será que a empresa seguirá ladeira abaixo? Para conseguir retomar o caminho do sucesso, a fabricante precisa de um desvio rápido de trajetória.
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