A Toyota acaba de lançar uma versão inédita da Hilux no Reino Unido, com proposta dita esportiva: a novidade se chama GR Sport II e até traz modificações mecânicas em relação ao restante da gama. O "detalhe", porém, é que o fabricante não alterou o ponto mais importante: o motor. Assim, não há qualquer vantagem quanto ao desempenho, considerado apenas razoável para os padrões daquele mercado.
É que, sob o capô, a Toyota Hilux GR Sport II traz o já conhecido motor 2.8 turbodiesel de quatro cilindros, capaz de desenvolver 204cv de potência e 42,8kgfm de torque. E esses números foram considerados muito baixos para uma caminhonete esportiva. O site Carscoops pondera que os clientes ficarão "desapontados" e que o conjunto mecânico, que traz ainda câmbio automático de seis marchas e tração 4x4, "não forma uma combinação emocionante".
Cabe destacar que a mecânica é exatamente a mesma que equipa a Toyota Hilux comercializada no Brasil. Até mesmo por aqui, a potência e o torque da picape passam longe de impressionar. Afinal, ficam muito atrás de concorrentes como Ford Ranger e Volkswagen Amarok, que oferecem motores 3.0 V6 turbodiesel com números na casa de 250cv e 60kgfm. Até a Chevrolet S10 2025, também equipada com um 2.8 de quatro cilindros, entrega mais: 207cv e 52kgfm.
Dentro do contexto do mercado europeu, a situação da Toyota Hilux esportiva é ainda mais delicada. O Carscoops comparou o modelo à Ford Ranger Raptor, que, por lá, oferece um motor 3.0 V6 turbodiesel, com 292cv e 50,1kgfm. Além de menos potente, a versão GR Sport II ainda é mais cara que a rival: custa £49.750 (cerca de R$ 316,7 mil, em uma conversão direta), enquanto a concorrente sai por £49.300 (R$ 313,8 mil, aproximadamente).
Quais são as exclusividades da Toyota Hilux esportiva?
Ainda assim, a Toyota afirma que a versão esportiva GR Sport II é a "Hilux com melhor dirigibilidade até agora". Isso, porque as modificações mecânicas feitas pelo fabricante incluem suspensão mais alta, com novos amortecedores, e eixos com maiores bitolas, além de câmbio com novas relações de marchas e direção recalibrada. Por fim, o sistema de freios ganhou discos, no lugar dos tambores, nas rodas traseiras.
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