A Volkswagen colocou nesta segunda-feira (20) em férias coletivas de 10 dias funcionários das fábricas da Anchieta, de São Bernardo do Campo (SP), Taubaté (SP) e São Carlos (SP). Na semana passada, a multinacional já havia protocolado a ação para os trabalhadores.
Segundo a empresa, a paralisação ocorre devido ao impacto na produção causado pelos alagamentos no Rio Grande do Sul. “Alguns fornecedores de peças da Volkswagen do Brasil, com fábricas instaladas no estado, estão impossibilitados de produzir nesse momento", diz a multinacional, por meio de comunicado.
De acordo com o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC paulista, a medida inclui 4.000 trabalhadores ligados à produção. A Volkswagen conta com 49 fornecedores no Rio Grande do Sul, que abastecem as fábricas localizadas no estado de São Paulo.
“O sindicato entende o momento e lamenta a situação no estado do Rio Grande do Sul. Vamos monitorar, já que nosso acordo coletivo de garantia de emprego prevê formas de flexibilidade para superar momentos de dificuldades na produção, assim como este. Se necessário for, poderá ser discutida a implementação de alguma dessas medidas”, disse o diretor executivo do sindicato, Luiz Carlos da Silva Dias.
O líder sindical afirmou, também, que os trabalhadores estão engajados em campanhas para ajudar as vítimas das enchentes e a entidade acompanha diariamente a evolução da situação. “Nossa categoria já se mostrou bastante solidária neste e em outros momentos. É importante que o pessoal continue doando para enviarmos uma nova remessa de donativos [ao Sul do país]", declarou.
Volkswagen não foi a única a parar fábricas no país
Além da Volkswagen, a Mercedes, que tem 39 fornecedores no Rio Grande do Sul, fez uma parada de dois dias (9 e 10 de maio). Já a Scania, com 20 fornecedores no Rio Grande do Sul, não parou.
Outra multinacional que interrompeu atividades industriais no país devido aos alagamentos no Rio Grande do Sul é a General Motors (GM). Uma fábrica localizada em Gravataí (RS), responsável pela produção do Chevrolet Onix, está paralisada desde o último dia 8. Segundo a empresa, a unidade não sofreu danos, mas o entorno foi tomado pelas águas.
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