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Crime em 4 rodas

Os 5 carros protagonistas de crimes que chocaram o mundo

Descubra os detalhes fascinantes por trás dos cinco carros que se envolveram em crimes que abalaram o mundo

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Carro alvejado de Bonnie e Clyde
Carro alvejado de Bonnie e Clyde Foto: Reprodução/ Redes sociais

Assassinato, roubo e sequestro são crimes que sempre chocaram o mundo. Histórias brutais que chamam a atenção e ficam marcadas na memória da população. Por diversas vezes, os carros do criminosos ficaram também famosos, por fazerem parte das cenas do crime ou até mesmo se tornam primordiais para as investigações.

Confira a lista com 5 carros envolvidos em crimes que chocaram o mundo e o destino final deles.

1. Ford V8 do casal Bonnie e Clyde

Quando o assunto é casal no mundo do crime, é impossível não lembrar da dupla americana Bonnie e Clyde, que ficou famosa por sua jornada sangrenta de assaltos e assassinatos cometidos nos Estados Unidos em 1930. Os 'pombinhos' se juntaram durante um período de crise econômica, a Grande Depressão, que levou muitas pessoas a recorrerem ao crime como maneira de sobreviver. Juntamente com outros parceiros, Bonnie e Clyde executavam crimes como assaltos e homicídios. O que deu ainda mais fama para os dois foi o tempo que ficaram foragidos. Permaneceram por dois anos sendo procurados em diversos estados como Texas, Oklahoma, Louisiana, Arkansas e Illinois. 

Ford V8 estacionado em museu lateralmente dentro de uma fita vermelha em museu
Primm Valley Resort and Casino – um Hotel Cassino em Nevada – EUA, onde o carro está exposto Foto: Reprodução/ Redes sociais

Para fugir pelas estradas de terra, onde se escondiam, Clyde escolheu um carro com motor forte, estabilidade nas curvas e resistência. O Ford V8 era protagonista nas histórias de crime do casal, e é uma das provas do romance criminoso de Bonnie e Clyde. O carro era tão querido pelo casal que, em abril de 1934, Clyde escreveu uma carta a Henry Ford parabenizando-o pela eficiência do modelo. Em 23 de maio de 1934, os dois foram pegos em uma emboscada planejada pelos policiais e executados com uma chuva de balas ao passarem pelo cerco. 

Carta em papel branco escrita a mão por Clyde
Clyde escreveu uma carta a Henry Ford parabenizando-o pela eficiência do carro Foto: Reprodução/ Redes sociais

Após a morte da dupla, o carro foi entregue ao dono, que vendeu o modelo por US$ 3 mil. Depois de ser mostrado em inúmeras feiras, o Ford V8 foi para um Hotel Cassino em Nevada, o Primm Valley Resort and Casino, onde permanece intocável até hoje em exibição pública.

2. Fusca dos crimes de Ted Bundy

Ted Bundy foi um dos mais temíveis assassinos em série da história dos Estados Unidos da América durante a década de 1970. Com uma infância conturbada, ele iniciou a sua carreira criminosa em 1974, aos 28 anos, estuprando e assassinando suas vítimas. Proprietário de um Volkswagen Fusca 1968, o criminoso utiliza o carro para agredir e assassinar suas vítimas. Um adesivo de inspeção de veículo de Utah, de 1976, está preso ao para-brisa do carro.

Volkswagen fusca 1968 em cor creme estacionado de frente
Volkswagen Fusca 1968 de Ted Bundy Foto: Reprodução/ creative commons

Adaptado para abrir espaço para seus crimes, Bundy removeu o assento do passageiro dianteiro. O Fusca, com marcas de ferrugem, para-brisa rachado, sem os frisos e com o interior um tanto esfarrapado, foi desmontado pela polícia em busca de evidências. Atualmente, o carro está exposto no Alcatraz East Crime Museum, no Tennessee.

Interior de fusca, parte da frente do caro, mostrando volante banco do motorista em marrom porta lateral e ausencia do banco do passageiro
Bundy removeu o banco para dar espaço aos corpos que transportava Foto: Reprodução/ redes sociais

3. Gol utilizado no crime dos Richthofen

O caso aconteceu na noite de 31 de outubro de 2002. Suzane von Richthofen, na época com menos de 19 anos, arquitetou o assassinato de Manfred e Marísia von Richthofen, seus pais. O crime foi executado por Daniel Cravinho, namorado de Suzane na época, e Christian Cravinho, irmão de Daniel. A conclusão das investigações chocaram a todos ao revelar que a própria filha elaborou o plano de executar seus pais, que não aceitavam seu relacionamento, além do  grande interesse por parte dos criminosos na fortuna da família. 

Volkswagen Gol zero-quilômetro de cor dourada estacionado lateralmente próximo a calçada
Volkswagen Gol zero-quilômetro de cor dourada semelhante ao da assassina Foto: Reprodução/ Redes sociais

Suzane, alguns meses antes do crime, teria prometido ao pai que terminaria com Daniel para se dedicar aos estudos e passar no vestibular. E combinou com Manfred que assim que fosse aprovada ganharia um Gol de presente. Confirmada sua vaga na faculdade de Direito, a jovem ganhou um  Volkswagen Gol zero-quilômetro de cor dourada. 

Suzane utilizava o carro para ter encontros escondidos com Daniel. O veículo foi utilizado pela polícia durante a reconstrução do crime, já que foi neste carro que ela  levou os criminosos para executar o crime em sua mansão no Brooklin, bairro da Zona Sul da capital paulista. A jovem queria vender o veículo quando foi presa, mas não conseguiu, já que o carro estava no nome do pai. O Gol ficou quatro anos parado em uma garagem, assim como o veículo utilizado por Marisa. O tio de Suzane, que na época ficou encarregado do patrimônio da família, vendeu o veículo em 2005.

 Cena do filme sobre o crime "a garota que matou os pais" Volkswagen gol amarelo envolto por um laço vermelho estacionado com jardim no fundo. Na lateral uma mulher loira de calça jeans azul abraçando um homem de roupa marrom enquanto dois rapazes aparecem ao fundo observando
Carro semelhante ao de Suzane usado no filme sobre o crime "a garota que matou os pais" Foto: Reprodução/ divulgação filme

4. Elize Matsunaga e seu Pajero

Em maio de 2012, o crime cometido por Elize Matsunaga foi o assassinato do seu então marido Marcos Kitano, no apartamento do casal, em São Paulo. Marcos era empresário e herdeiro da empresa de alimentos Yoki. Segundo Elize, o motivo do crime seria a descoberta de traição por parte do marido, que morreu com um disparo na cabeça. A mulher então cortou o corpo em partes e distribuiu em sacolas, que foram transportadas no porta-malas de seu veículo da época, um Pajero TR4 2010 na cor verde.

O carro ficou parado na garagem do apartamento do casal até 2019. Mas assim que entrou em regime semiaberto, procurando se reerguer financeiramente, Elize vendeu o carro para uma empresa, com apenas 10 quilômetros rodados. Posteriormente o Pajero se tornou carro particular de um dos proprietários do negócio que deu entrevista para o UOL dizendo que não fazia ideia que o carro já tinha sido parte de um crime brutal.

Mitsubishi Pajero TR4 2010 na cor verde usado por Elize Matsunaga estacionado lateralmente calçada. No fundo da fotografia um jardim
Pajero TR4 2010 na cor verde usado por Elize Matsunaga Foto: Reprodução/ Redes sociais

Também há rumores de que, em 2023, a ex-detenta foi vista por taxistas trabalhando como motorista de aplicativo. A mulher parece ter boa avaliação e foi considerada “atenciosa” pelos passageiros. Segundo uma matéria do Estadão, Elize utiliza um Honda Fit, ironicamente um carro de marca japonesa, como a ascendência do marido.

5. Land Rover do goleiro Bruno

Em 2010, o goleiro Bruno, na época jogador do Flamengo, foi acusado e condenado pelo crime de assassinato da modelo Elisa Samudio. Bruno era casado quando conheceu Elisa, e da relação extraconjugal os dois tiveram um filho. A modelo desapareceu em 2010, deixando um bebe de quatro meses. 

Land Rover Sport 3.0 SE, ano 2011, na cor verde saindo de uma garagem em cima de um caminhão
Land Rover Sport 3.0 SE, ano 2011, que pertence ao goleiro Bruno Foto: Reprodução/ Marcelo Theobald

Um dos itens fundamentais durante as investigações foi o carro do goleiro, um Land Rover Sport 3.0 SE, ano 2011, na cor verde. O carro de luxo foi flagrado em três radares de velocidade no dia da morte de Elisa, e durante a perícia foram encontrados vestígios de sangue no automóvel. O carro teve papel fundamental na incriminação e condenação de Bruno e ficou dois anos no pátio da polícia de Belo Horizonte. Atualmente, o carro, que possivelmente transportou o corpo da modelo Elisa Samudio, permanece sendo do goleiro e fica na garagem de sua casa em Cabo Frio, junto a mais dois veículos. (*Estagiária sob supervisão do editor)