A Land Rover está no centro de uma polêmica nos Estados Unidos, após ser acusada de vender dados de motoristas para seguradoras e agências de crédito. O processo foi movido por dois proprietários de um Land Rover Defender em Massachusetts.
Segundo informações do site Carscoops, os donos do SUV alegam que a montadora estaria utilizando o software InControl para rastrear e compartilhar informações pessoais sem o consentimento dos condutores.
O software InControl, presente nos veículos da marca desde 2014, teria a capacidade de monitorar eventos como acelerações bruscas, frenagens repentinas e até a reprodução de músicas via Bluetooth.
As informações capturadas, como foi descrito na ação judicial, estariam sendo fornecidas a empresas de crédito e, posteriormente, vendidas para seguradoras, que ajustam suas apólices com base nesses dados.
Basicamente, as seguradoras usam esse tipo de dado para calcular o risco de cada motorista. Informações como acelerações bruscas, frenagens repentinas e alta velocidade podem ser interpretadas como indícios de um comportamento de direção mais perigoso.
Com isso, as seguradoras aumentariam o valor do seguro para os motoristas que eles consideram mais propensos a sofrer acidentes.
Portanto, os motoristas não apenas não ganhariam nada pela venda dos seus dados, mas também poderiam acabar pagando mais pelo seguro com base nessas informações, sem nem ao menos saber que essas práticas de compartilhamento de dados estavam acontecendo.
Os autores do processo, Gail Hupper e William Wood, afirmam que compraram seu Land Rover Defender em abril de 2023 e, poucos meses depois, receberam uma atualização de software que conectou o veículo à internet, algo que, segundo eles, não foi devidamente esclarecido nas informações publicitárias da marca.
A Land Rover, por sua vez, nega qualquer envolvimento em práticas de coleta ou venda de dados de seus clientes, afirmando que os veículos não registram ou compartilham essas informações.
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