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EVTOL

Como é o "carro voador" chinês testado no Brasil?

Testado no interior de São Paulo, EH216-S transporta até duas pessoas e pode custar R$ 3,4 milhões

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O "carro voador" EH216-S foi testado no interior de São Paulo Foto: Reprodução/EHang

A era do "Os Jetsons", série animada que marcou os anos 1960, já começou no Brasil. Em 20 de setembro, o primeiro "carro voador" foi testado no país. O voo experimental do modelo EH216-S, da empresa chinesa EHang, aconteceu na cidade de Quadra (SP), localizada a 161 km da capital paulista. Mas, afinal, como funciona esse eVTOL (Veículo elétrico de pouso e decolagem vertical)?

Com a capacidade de transportar duas pessoas e autonomia de 30 km, o EH216-S funciona com 12 baterias independentes e 16 motores. O "carro voador" tem 1,93m de altura, 5,73m de largura e peso de 620 kg. Sua velocidade máxima pode chegar a 130 km/h. 

O EH216-S vem sendo testado ao redor do mundo desde o fim do ano passado e promete revolucionar o meio de locomoção nos grandes centros urbanos. Isto porque o eVTOL é operado remotamente a partir do solo - sim, o piloto não comanda a aeronave de dentro da cabine. 

Esta função é possibilitada graças a um sistema inteligente de comando e controle. Ao longo do percurso, o piloto consegue decolar, alterar a rota, realizar mudanças de direção e pousar. 

Fila de espera no Brasil

Para conseguir comercializar seu eVTOL em território brasileiro, a EHang conta com duas representantes: a AT Global e a GoHobby. Segundo o CEO da GoHobby, já existe uma fila de espera no Brasil para a compra do EH216-S. 

Os principais interessados são os donos de empresas de taxi-aéreo, de logística e turismo. Um modelo deste custa até R$ 3,4 milhões. 

"A aeronave é vendida a US$ 600 mil. Hoje, a GoHobby faz uma pré-venda para pessoas interessadas e coloca as pessoas em uma fila. Já existe essa fila. Quando certificar, obviamente os primeiros serão os primeiros a receber. As vendas estão indo muito bem", disse o CEO, em entrevista ao G1

Apesar da Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) ter concedido a autorização para a fase experimental, o certificado que habilitará voos de eVTOL no país deve levar até dois anos para ser emitido. 

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