A China anunciou, nesta quarta-feira (9), que está considerando aumentar o imposto sobre veículos importados com motores potentes a combustão. A medida é um contra-ataque à União Europeia (UE), que decidiu, no último sábado (5), impor tarifas de até 45% sobre carros elétricos chineses por um período de cinco anos.
Em comunicado, o Ministério do Comércio da China também afirmou que, a partir desta sexta-feira (11), os importadores de conhaque da União Europeia deverão pagar um depósito de até 39% sobre o valor do produto.
"A China se opõe firmemente às práticas protecionistas injustas, não conformes e irracionais da UE", diz o texto lido por um porta-voz do governo. "A China tomará todas as medidas para salvaguardar firmemente os interesses das empresas chinesas", acrescentou, ressaltando que a União Europeia viola medidas da Organização Mundial do Comércio (OMC).
À imprensa local, o representante do Ministério do Comércio da China ainda não descartou aplicar novas sanções. A ideia, segundo a mídia chinesa, é derrubar a imposição de tarifas sobre os carros elétricos, que "invadiram" a Europa nos últimos meses.
Impacto imediato
Logo após o anúncio de Pequim, algumas grandes montadoras europeia sofreram com a ameaça. A BMW viu suas ações recuarem 3%, enquanto a também alemã Mercedes-Benz caiu 2,6%. Já no setor de bebidas, a francesa Remy Cointreau sofreu uma queda superior a 8%.
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