A era dos "carros voadores" está cada vez mais perto de começar no Brasil. Na semana passada, a empresa brasileira GoHobby realizou o primeiro voo de seu eVTOL (Veículo elétrico de pouso e decolagem vertical), o EH216-S, produzido pela empresa chinesa EHang.
O voo experimental aconteceu na cidade de Quadra, no interior de São Paulo, e não teve nenhuma intercorrência. Apesar disso, a Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) autorizou apenas voos-testes do eVTOL neste primeiro momento.
Mas, afinal, quando os "carros voadores" poderão ser utilizados no país? A resposta ainda não está clara. Segundo o CEO da GoHobby, Adriano Buzaid, o certificado que habilitará voos de eVTOL no país deve levar até dois anos para ser emitido. Ou seja, dificilmente você verá algum veículo voando pelo Brasil até o final de 2026.
O longo período para emitir a licença acontece porque o eVTOL é operado remotamente a partir do solo - sim, o piloto não comanda a aeronave de dentro da cabine. Desta forma, o responsável por conduzir o "carro voador" precisará passar por cursos similares aos pilotos de aviões.
Quanto custa?
De acordo com o CEO da GoHobby, já há uma lista de interessados em adquirir os "carros voadores", avaliados em 600 mil dólares (R$ 3,4 milhões) cada. Os brasileiros que entraram na concorrência para comprar as unidades são os donos de empresas de taxi-aéreo, de logística e turismo.
"A aeronave é vendida a US$ 600 mil. Hoje, a GoHobby faz uma pré-venda para pessoas interessadas e coloca as pessoas em uma fila. Já existe essa fila. Quando certificar, obviamente os primeiros serão os primeiros a receber. As vendas estão indo muito bem", disse o CEO, em entrevista ao G1.
O EH216-S vem sendo testado ao redor do mundo desde o fim do ano passado e promete revolucionar o meio de locomoção nos grandes centros urbanos.
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