O Renault Duster é um dos SUVs que atraem muitos brasileiros. Lançado em 2011 para competir com o Ford Ecosport, ele rapidamente se tornou uma opção popular. No entanto, com o facelift da segunda geração, apresentado em janeiro, será que o Duster ainda é uma boa escolha?
O Portal Vrum já testou o modelo neste ano, trazendo detalhes sobre o dia a dia com o carro. Confira a matéria completa clicando aqui. Mas como estão os preços do Duster no final do ano?
- Duster Intense Plus 1.6 MT - R$ 130.990
- Duster Intense Plus 1.6 AT - R$ 139.890
- Duster Iconic Plus 1.6 AT - R$ 149.490
- Duster Iconic Plus 1.3T AT - R$ 163.590
O Duster chegou ao mercado como uma opção mais acessível, mas atualmente os preços refletem sua competitividade frente a rivais como Volkswagen T-Cross, Peugeot 2008, Nissan Kicks, Chevrolet Tracker, entre outros. E é aí que o Duster tem seus altos e baixos.
PONTOS POSITIVOS
Um dos grandes pontos fortes do Duster é o seu espaço interno. Com dimensões generosas, o SUV oferece bastante conforto, sendo 4,38 metros de comprimento, 1,83 metros de largura e 1,69 metros de altura, além de uma distância entre-eixos de 2,67 metros.
O destaque, porém, é o excelente porta-malas de 475 litros, o segundo maior da categoria, perdendo apenas para o Fiat Fastback, que tem 516 litros.
Outro ponto positivo do Duster é sua altura em relação ao solo, com 23,7 cm, e o ângulo de ataque de 30°, que garantem boa capacidade para enfrentar terrenos mais desafiadores.
Na versão topo de linha Iconic Plus, o Duster se destaca pelo motor 1.3 TCe turbo flex, derivado de modelos como o Mercedes GLB 200. O motor entrega 162/170 cv (gasolina/etanol) e 27,5 kgfm de torque, acoplado ao câmbio CVT de oito marchas da Jatco X-Tronic, da Nissan.
Esse conjunto tem uma ótima performance, com aceleração de 0 a 100 km/h em 9,2 segundos e uma velocidade máxima de 190 km/h, superando rivais como T-Cross 1.4 TSI, Creta 1.0 TGDI e Chevrolet Tracker 1.2 turbo. É bem esperto e gostoso, vale testar.
Para quem busca uma opção mais acessível, a Renault oferece o Duster com o motor 1.6 aspirado flex de quatro cilindros, que gera 118/120 cv e 16,2 kgfm de torque. Essa motorização vem com opção de câmbio manual na versão de entrada ou CVT que simula sete marchas.
Com esse motor, o Duster faz de 0 a 100 km/h em 12 segundos e atinge uma velocidade máxima de 173 km/h.
Outro destaque é a suspensão do Duster. Mesmo sem ser independente, ela proporciona um bom nível de conforto, com rodagem macia e pouco impacto. Em curvas, o Duster também se sai bem, com uma direção responsiva e precisa.
PONTOS NEGATIVOS
O primeiro ponto negativo do Duster é o tempo que ele já está no mercado. São mais de 13 anos com apenas duas gerações lançadas, sendo que a segunda geração acabou de receber um facelift no começo deste ano. O futuro do modelo ainda é incerto.
Com o lançamento do Renault Kardian como SUV de entrada, a marca planeja trazer mais um novo SUV médio em 2025 ou 2026, construído sobre a nova plataforma CMF-B. Enquanto isso, o Duster ainda utiliza a antiga plataforma Dacia B0.
A dúvida é se a terceira geração do Duster, já lançada na Europa como Dacia Duster, será trazida ao Brasil. Essa incerteza deixa o futuro do modelo em aberto.
Outro ponto onde o Duster fica para trás é na tecnologia. Em comparação com os concorrentes, ele oferece menos recursos tecnológicos. Quem procura um carro com mais equipamentos e um painel de instrumentos moderno vai se decepcionar.
Mesmo na versão mais cara, o painel é analógico, com apenas uma pequena tela central para informações básicas. Os mostradores são limitados, e há poucas funcionalidades disponíveis.
A central multimídia de 8 polegadas, mesmo que compatível com Apple CarPlay e Android Auto sem fio, tem uma interface pouco intuitiva e uma qualidade de resolução abaixo da média. Embora funcione sem travamentos e, nas versões mais completas, ofereça a visão ao redor do carro com auxílio de câmeras, o sistema não chega a ser uma visão 360º completa.
Além disso, o Duster peca por não oferecer tecnologias avançadas de assistência ao motorista, como piloto automático adaptativo, assistente de frenagem ou assistente de faixa, algo que concorrentes já têm como itens nas versões topo de linha.
Por outro lado, ele oferece equipamentos, como ar-condicionado digital, chave presencial, Start Stop, carregador de celular por indução e sensor de ponto cego nas versões mais completas. No entanto, para quem espera mais itens de segurança e tecnologia de ponta, o Duster deixa a desejar.
VALE A PENA COMPRAR O DUSTER?
O Duster ainda pode ser uma boa opção para quem busca um SUV espaçoso, robusto e com bom desempenho em trilhas leves. Seu motor ágil e a manutenção conhecida e acessível são pontos a favor. Porém, no que diz respeito ao interior e à oferta de tecnologia, ele fica aquém dos rivais.
Para quem prioriza recursos tecnológicos e equipamentos modernos, há opções melhores no mercado. Entretanto, para quem busca simplicidade, conforto, espaço, e no caso de um motor potente (1.3 TCe), o Duster é uma escolha interessante.
- Acompanhe o VRUM também no YouTube e no Dailymotion!