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SEGURANÇA

Carros frágeis? Veja por que modelos novos ficam "destruídos" nos acidentes

Veículos antigos são mais preservados nas batidas, mas oferecem menos segurança

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F40 destruída após acidente
F40 destruída após acidente Foto: Reprodução/Instagram

A percepção de que os carros antigos são mais resistentes às batidas não é falsa. De fato, os modelos mais novos são mais suscetíveis, sendo "destruídos" com mais facilidade nos acidentes. Mas qual é o motivo? Com o avanço da tecnologia, os automóveis modernos passaram por significativas transformações, principalmente no que se refere aos sistemas de segurança. As inovações não visam apenas a melhoria da experiência de condução, mas, sobretudo, a proteção dos ocupantes em casos de colisão.

Assim, a utilização de aços especiais e a implementação de sistemas de absorção de energia são algumas das estratégias adotadas pelas fabricantes para atingir esses objetivos. Antigamente, os veículos eram construídos com materiais mais espessos e estruturas mais rígidas. Isso, muitas vezes, causava a transferência direta da energia de impacto para os ocupantes durante uma colisão, aumentando os riscos de ferimentos. Hoje, essa lógica foi transformada, buscando-se preservar ao máximo a vida dos passageiros através de deformações controladas das partes do veículo.

Como a engenharia veicular protege os ocupantes?

Acidente rodoviário nas proximidades de Moeda com duas vítimas fatais carro prata totalmente destruído de lado na estrada asfaltada
O Brasil é o terceiro país no mundo com o maior número de acidentes de trânsito Foto: Sala de Imprensa/CBMMG

A engenharia veicular moderna utiliza aços de alta dureza e sistemas programados de absorção de energia. Estes materiais são aplicados principalmente nas colunas dos automóveis, unidades que sustentam o teto e evitam sua deformação em caso de tombamento. Tais soluções visam proteger principalmente os membros superiores e a cabeça dos ocupantes.

Além disso, componentes como motores, caixas de câmbio e suspensões são projetados para dissipar energia através de um deslocamento programado durante a colisão. Isso minimiza a intrusão de peças no habitáculo, mantendo-o seguro para aqueles que estão dentro do veículo.

Carros antigos x carros modernos: qual é mais seguro?

Testes realizados por institutos especializados revelam que durante colisões em alta velocidade, carros antigos tendem a sofrer colapsos estruturais, resultando em destruição do para-brisas e deformação das colunas. Este tipo de dano estrutural pode facilmente aprisionar os ocupantes entre as ferragens, um risco que os carros modernos buscam mitigar.

Em contraste, automóveis mais recentes são projetados para se deformarem de maneira calculada na parte frontal, preservando o para-brisas e as portas. Isso não apenas evita aprisionamento, como também permite que os ocupantes evacuem rapidamente o veículo após um acidente.

Quais são as tecnologias utilizadas em veículos recentes?

Acidente rodoviário nas proximidades de Lima Duarte com três vítimas fatais carro cinza escuro com a frente totalmente destruída na estrada asfaltada
Além da imprudência dos motoristas, a falta de manutenção nos veículos e as péssimas condições das estradas contribuem para o aumento de acidentes graves Foto: PRF/Divulgação

Um exemplo de tecnologia avançada em segurança veicular é encontrado na Ford Ranger. Este modelo é desenvolvido com uma combinação estratégica de aços especiais e aços de alta resistência. A ideia é que partes periféricas do veículo se deformem sob impacto, absorvendo energia, enquanto as áreas vitais do habitáculo permanecem intactas.

Além da estrutura, a Ranger oferece até sete airbags espalhados pelo interior do veículo, e uma série de recursos de assistência ao motorista. Esses recursos são projetados para prevenir acidentes ou, ao menos, minimizar seus efeitos.

Importância dos sistemas de segurança ativos e passivos

Além de métodos construtivos, o desenvolvimento de sistemas ativos e passivos de segurança é crucial. Os sistemas ativos buscam prevenir acidentes, incluindo tecnologias como controle eletrônico de estabilidade e assistência de frenagem. Já os sistemas passivos, como cintos de segurança e airbags, entram em ação no momento do impacto para proteger os ocupantes.

Portanto, a integração dessas tecnologias representa um grande passo na busca por veículos mais seguros, reafirmando a importância de olhar para o automóvel não apenas como um meio de transporte, mas como um envoltório de proteção complexo e eficaz.

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