A apuração das eleições nos Estados Unidos começaram nesta quarta-feira (06) e Donald Trump é considerado vencedor pelos veículos de imprensa do país. O retorno do empresário à Casa Branca pode representar grandes mudanças na indústria automotiva.
Durante a campanha, o ex-presidente e então candidato sinalizava com o retorno dos Estados Unidos à posição de destaque na indústria automotiva global, e isso passaria pela produção local e exportação de carros.
Na América do Norte, alguns fabricantes produzem carros no México para se aproveitar de incentivos e mão de obra mais acessível que nos EUA. A Nissan produz Kicks, Versa e Frontier vendidas nos Estados Unidos no país vizinho, bem como a Stellantis que produz Ram 2500, 3500, e outras variações da picape por lá. A Ford fabrica o Mustang Mach-E, e a GM, por sua vez, produz Equinox EV e Blazer EV.
A Tesla e marcas chinesas como a BYD planejavam uma expansão para o mercado mexicano para conseguir incentivos na produção e custos mais baixos, e no caso da BYD, uma proximidade com seu próximo objetivo, além de descontos para exportação para mercados sul-americanos.
Durante a campanha, Trump declarou que irá taxar os carros produzidos no México de forma tão violenta, que não serão vendidos.
“Estou dizendo, vou colocar 200 ou 500 [% de imposto], eu não me importo. Será um número para que eles não consigam vender um carro. Não quero que eles atinjam nossos fabricantes”, declarou em entrevista à Fox News em 13 de outubro.
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Chinesas podem investir ainda mais no Brasil
Com impostos mais pesados na União Europeia e a iminência de novas barreiras de entrada na América do Norte, o Brasil pode despontar como principal mercado consumidor de carros chineses no ocidente.
Apesar de impostos para reduzir a importação de carros eletrificados chineses, no Brasil, a produção local garantiria além de preços menores, o país poderia se tornar um hub para mercados como Chile, Argentina e até mesmo o México.
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