O Toyota Yaris é um hatch compacto que faz parte do mercado brasileiro desde 2018 e, desde 2021, substituiu o Etios na linha da Toyota. O modelo recebeu sua última atualização visual em 2021, ano em que também foram retirados os motores 1.3 aspirados. Mas quais são os pontos positivos e negativos desse veículo?
O Vrum teve a oportunidade de avaliar o modelo para descobrir seus principais atributos, considerando que ele sairá de linha em breve para dar lugar ao futuro irmão maior, o Yaris Cross.
O Toyota Yaris é bem valorizado pelo público brasileiro, muito em função da reputação da própria marca Toyota, reconhecida pela sua confiabilidade no Brasil e no mundo. Assim, sendo um modelo menor que o Corolla, mas com o mesmo câmbio CVT e um motor de menor potência, ele é respeitado e bem aceito.
Em relação ao espaço, o Yaris, tanto na versão hatch quanto na sedã, oferece dimensões adequadas para a sua categoria. A versão hatch possui 4,14 metros de comprimento, 1,73 m de largura, 1,49 m de altura e entre-eixos de 2,55 m, com um porta-malas de 310 litros. Já a versão sedã mede 4,42 m de comprimento e oferece um porta-malas de 473 litros.
Na prática, mesmo para pessoas altas, o espaço traseiro do Yaris oferece boa comodidade, além de um túnel central baixo. Para quem deseja um bom porta-malas, a opção sedã possui boa litragem entre os rivais.
A motorização do Yaris, contudo, deixa a desejar, assim como o consumo. Quem busca um carro ágil e responsivo pode se decepcionar. O Yaris é considerado lento em ultrapassagens e entrega uma potência modesta.
Equipado com o motor 1.5 aspirado flex de quatro cilindros, ele oferece 105/110 cv e 14,3/14,9 kgfm de torque (gasolina/etanol), aliado ao câmbio CVT de sete velocidades, o que não o torna uma escolha para quem exige potência.
O desempenho na estrada e na cidade é comprometido pela demora em entregar potência e pelo excesso de ruído na cabine pelo câmbio CVT. O Yaris acelera de 0 a 100 km/h em 11,8 segundos, números bem ruins em relação aos rivais.
Em termos de consumo, o Inmetro informa que ele faz 8,9 km/l (etanol) e 12,2 km/l (gasolina) na cidade, enquanto na estrada são 10 km/l (etanol) e 13,8 km/l (gasolina). Esses números, combinados com o pequeno tanque de combustível de 45 litros, podem resultar em frequentes paradas no posto de combustível.
Em altas velocidades, o Yaris também demonstra certa instabilidade, com tendência de balanço da carroceria, o que reduz a confiança. Esse comportamento é acentuado, talvez, pelos pneus não tão largos (185/60 R15).
Desde 2021, o Yaris vem com uma tela central de 7 polegadas de série, compatível com Apple CarPlay e Android Auto (com fio), ar-condicionado digital nas versões intermediária e topo de linha, direção elétrica, volante multifuncional com piloto automático, chave presencial com start-stop, bancos parcialmente em couro (na versão XL), alerta de colisão frontal, modo Sport, entre outros.
Porém, a ergonomia deixa a desejar para pessoas mais altas, já que o banco, mesmo ajustado todo para trás, pode não dar conforto ideal. O volante ajusta-se apenas em altura, o que limita ainda mais a posição de guiar.
Após receber uma avaliação negativa no Latin NCAP em 2019, a Toyota melhorou a segurança do Yaris, que agora conta com sete airbags de série, o melhor da categoria. Há ainda também controle de tração e estabilidade, assistente de partida em rampa, alerta de mudança de faixa e até frenagem automática de emergência nas versões mais completas.
O Yaris é um carro confortável e confiável, com bons itens de segurança, mas apresenta deficiências em potência, economia e ergonomia. No mais, ele oferece bons cinco anos de garantia e revisões a preços competitivos.
Para quem não liga para motor turbo ou itens de tecnologia, o Yaris pode ser uma escolha aceitável. No entanto, é um projeto antigo com a plataforma do Etios, e seus concorrentes estão bem à frente. Com a chegada do Yaris Cross, é provável que o Yaris saia de linha, começando pelo sedã e depois o hatch.
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