O senso comum diz que carros de cores acromáticas (branco, preto, prata e cinza) são mais fáceis de serem revendidos do que os coloridos. A crença popular, inclusive, é refletida na quantidade de veículos pintados com cores neutras, que representam 81% das vendas de automóveis no mercado mundial, segundo a Basf, fabricante de pinturas automotivas. Mas, afinal, há uma maior desvalorização dos coloridos ou se trata de uma "lenda urbana"?
A Auto Avaliar, empresa que trabalha no mercado de repasses de veículos, afirma que os carros coloridos, de fato, desvalorizam mais. Segundo um levantamento compartilhado com o site Auto Esporte, enquanto os automóveis seminovos acromáticos se valorizaram 4,9% nos últimos seis meses, os coloridos subiram 4,5% no mesmo período. Por outro lado, os dados mostraram que os consumidores estão dispostos a pagar um pouco mais (cerca de 7%) para levar uma cor "exótica".
Head de comercial da Karvi, plataforma de venda de carros, Marcos Silva concorda com esta percepção. "As cores neutras são mais populares e têm uma demanda maior no mercado de revenda, o que faz com que carros nessas cores sejam mais fáceis de vender. Por outro lado, carros coloridos podem ter um público mais específico e, portanto, podem ser mais difíceis de vender, resultando em maior desvalorização", disse, em entrevista ao Auto Esporte.
No ano passado, a Mobiauto promoveu uma pesquisa para analisar o tema. De acordo com o levantamento, o cinza foi a cor que menos desvalorizou. Já em 2019, um estudo da KBB Brasil mostrou que veículos da cor verde são os que mais perdem valor com o passar do tempo. Apesar disso, os especialistas reiteram: outros fatores, como a conservação do automóvel e a documentação do veículo, são mais relevantes no mercado de usados.
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