A cidade de São Paulo decidiu prorrogar até 2030 a isenção do Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA) e do rodízio municipal para carros elétricos e híbridos. A medida faz parte de um projeto de lei aprovado na Câmara Municipal, no dia 21 de novembro deste ano, que também busca incentivar a adoção de tecnologias mais limpas e contribuir com as metas globais de descarbonização.

O projeto, de autoria do vereador Rodrigo Goulart, estende os benefícios que, inicialmente, expirariam em 2025. A proposta foi aprovada em primeira votação e deve passar por mais uma etapa antes de ser sancionada pelo prefeito Ricardo Nunes. Caso entre em vigor, as novas regras serão aplicadas já a partir de 2025, garantindo mais cinco anos de isenção para proprietários de veículos eletrificados.

Com essa decisão, São Paulo pretende liderar os esforços no Brasil para reduzir as emissões de gases de efeito estufa, em linha com os compromissos assumidos no Acordo de Paris. O estado já possui o direito de devolução de até 103 UFESP (Unidade Fiscal do Estado de São Paulo) que equivale a R$ 3.642,08, sendo uma parte do IPVA do município, para os proprietários de carros elétricos e híbridos. A medida é vista como essencial para estimular o crescimento da frota eletrificada, que, apesar de crescente, ainda representa uma pequena parcela do total de veículos no estado.

Além do impacto ambiental, a prorrogação também visa reduzir o custo de aquisição e manutenção desses veículos, tornando-os mais acessíveis ao público. Essa abordagem reflete uma tendência global em que incentivos fiscais desempenham papel crucial na popularização de veículos elétricos.

Especialistas apontam que a iniciativa não apenas incentiva a modernização do transporte urbano, mas também atrai investimentos para a cadeia produtiva de veículos elétricos, como a instalação de fábricas e pontos de recarga. A decisão, portanto, reforça a liderança de São Paulo como um dos principais polos de inovação sustentável no país.