O Brasil é palco de diversos ralis cross country, como Campeonato Brasileiro de Rally, Rally dos Sertões, MIT Cup, entre outros. Mas você, amante de 4x4 e que sonha em participar desses torneios, já pensou quanto custa um carro para competir? Atualmente, há duas possibilidades: adaptar modelos de rua ou adquirir veículos já preparados para os campeonatos.
A HPE Motores, representante da Mistubishi no Brasil, por exemplo, tem o Eclipse Cross R 2024 como modelo já adaptado para os ralis, que sai por R$ 480 mil. Há, no entanto, outros modelos da marca que são ajustados para os torneios - alguns deles já saíram de linha. Veja abaixo.
Triton ER (2012) - R$ 120 mil
Outlander Sport R - R$ 130 mil
Triton Sport R (2019 a 2023) - de R$ 180 mil a R$ 300 mil
Triton Sport RS - de R$ 350 mil a R$ 650 mil
Quais adaptações são necessárias?
Os carros usados em competições de rali cross country diferem significativamente dos modelos de rua comuns. Essas modificações são necessárias não apenas para aumentar a segurança, mas também para melhorar o desempenho em terrenos desafiadores. Em entrevista ao UOL, o gerente de engenharia da Spinelli Racing, André Bresser, esclareceu alguns dos principais aspectos dessas diferenças.
"O que basicamente todos os modelos adaptados para competição recebem são equipamentos para aumentar a segurança: gaiola de segurança, bancos de competição, extintor de competição que pode ser acionado de vários pontos, volante de competição, cintos de competição, chave-geral, que é para desligar por completo o carro, todas mudanças que são homologadas pela Confederação Brasileira de Automobilismo", detalhou Bresser.
Para aumentar a velocidade, componentes originais são substituídos por materiais mais leves. A carroceria, por exemplo, é frequentemente trocada de aço para fibra de vidro. Isso contribui para a leveza do carro, melhorando o desempenho. Pneus e rodas também são projetos específicos de competição, adequados para as exigências extremas de um rali.
"Carroceria, porta, capô, para-choque, originalmente de lata, são mudados por fibra de vidro. Os pneus e rodas são especiais de competição. Tudo que é forração interna, conforto, é tirado para tirar o peso e aumentar a velocidade dos carros", continuou Bresser.
Apesar das alterações, o engenheiro afirma que a ideia é manter a essência do modelo original do carro. Assim, suspensão, chassi, motor e câmbio geralmente permanecem semelhantes aos que se encontram nos veículos de produção em massa. No entanto, alguns modelos, como o Eclipse Cross, recebem câmbio sequencial de competição, que permite mudanças de marcha mais rápidas e eficientes.
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