Ter um carro no Brasil é sinônimo de enfrentar uma série de custos e impostos, que podem pesar no bolso do motorista. Em 2025, além das taxas já conhecidas, como o IPVA e o licenciamento, o retorno do seguro obrigatório, agora chamado de SPVAT (Seguro de Danos Pessoais por Veículos Automotores Terrestres), adicionará um novo item à lista de despesas.
Por isso, o Vrum fez uma lista dos impostos que você, proprietário de um carro, ou que está analisando comprar um, ver se vale a pena possuir um veículo no Brasil em 2025.
IPVA (Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores)
O IPVA é um dos impostos mais conhecidos para os proprietários de veículos. Ele é calculado com base no valor de mercado do carro, de acordo com a Tabela Fipe, e sua alíquota varia de acordo com o estado de registro do veículo. Em 2025, não há alterações previstas na forma de cobrança.
- Como que funciona: Estados como São Paulo aplicam alíquotas de até 4% sobre o valor venal do veículo. Por exemplo, um carro avaliado em R$ 50 mil terá um IPVA de R$ 2 mil.
- Destinação do imposto: 20% do valor total vai para o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb), contribuindo para o financiamento de escolas públicas e valorização de professores e o restante são divididos igualmente entre o estado e o município onde o veículo está registrado.
Para garantir o pagamento, os governos estaduais oferecem opções de parcelamento e descontos para quem paga à vista. Não pagar o IPVA impede o licenciamento do veículo, o que gera multa de 0,3% a cada dia sem pagar o imposto, e em casos do agente de trânsito parar o condutor, o veículo pode ser apreendido.
Licenciamento
O licenciamento é a taxa que regulariza o direito de circulação do veículo. Diferentemente do IPVA, ele não varia conforme o valor do carro e tem um custo fixo que pode ser ajustado anualmente. O pagamento garante que o veículo está apto para rodar, cumprindo os requisitos de segurança e emissão de poluentes.
- Valor médio: Em estados como São Paulo, o licenciamento em 2025 deverá custar cerca de R$ 150, mas o valor varia de estado para estado.
Quem não pagar o licenciamento, a multa aplicada será de R$ 293,47 por se configurar como gravíssima, além de sete pontos na Carteira Nacional de Habilitação (CNH) e o veículo pode ser apreendido em blitze de trânsito, por exemplo.
SPVAT (Seguro de Danos Pessoais por Veículos Automotores Terrestres)
Após três anos de suspensão, o seguro obrigatório DPVAT retorna em 2025 com um novo nome e gestão centralizada pela Caixa Econômica Federal. Agora chamado de SPVAT, ele visa oferecer indenização às vítimas de acidentes de trânsito, cobrindo despesas médicas, invalidez e morte.
Sua reativação na prática foi aprovada para garantir suporte às vítimas de acidentes e aliviar os custos do sistema de saúde pública. O SPVAT é uma exigência federal, mesmo para estados que optaram por não integrá-lo ao IPVA.
Como será cobrado: A taxa, estimada entre R$ 50 e R$ 60 anuais, será incluída no IPVA ou cobrada separadamente, dependendo do estado. Quem não pagar ficará impossibilitado de licenciar o veículo e assim irá gerar as já citadas consequências do não licenciamento.
A cobertura inclui indenizações de até R$ 13.500 por morte ou invalidez e até R$ 2.700 para despesas médicas, com pagamentos feitos diretamente às vítimas ou seus herdeiros pela Caixa Econômica.
Seguro opcional
Por fim, mesmo que não seja obrigatório, o seguro particular para veículos continua sendo uma escolha comum para muitos motoristas que desejam ter mais proteção. Seu custo varia conforme o perfil do motorista, modelo do veículo e região. Vale lembrar que o SPVAT não substitui o seguro particular, já que este cobre danos ao veículo e terceiros.
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