O ano de 2024 começou com boas projeções para a indústria de automóveis no Brasil, com a adesão ao Programa Mover, que previa R$19,3 bilhões em incentivos e reduções de impostos para as pesquisas e desenvolvimento de tecnologias para a produção de veículos sustentáveis.
As montadoras aproveitaram para anunciar grandes investimentos no país, sendo um deles a produção nacional de carros híbridos flex. Além dessa novidade, também estarão vindo modelos inéditos, atualizações nos carros atuais e aplicações nas fábricas. Abaixo estão os investimentos de cada fabricante, confira:
Stellantis - R$30 bilhões
O grupo dono da Fiat, Jeep, Ram, Peugeot e Citroën, possui três complexos fabris em território brasileiro. Aquele que receberá maior parte deste investimento será a fábrica de Betim (MG), cerca de R$14 bilhões serão investidos. Até 2030 esses investimentos já devem ter sido completamente aplicados.
A ideia do grupo é nacionalizar a produção dos sistemas híbridos e aumentar a fabricação de motores. Além de fabricar modelos 100% elétricos, juntamente com híbridos plug-in. Os primeiros carros desse projeto, Pulse e Fastback híbridos, já estão sendo vendidos.
Volkswagen - R$16 bilhões
Já a Volkswagen pretende investir um pouco menos que a Stellantis, porém, R$13 bilhões serão destinados às duas fábricas presentes no estado de São Paulo. Apesar de não estar tendo bons resultados nos EUA e na Europa, a Volkswagen vem numa crescente em vendas no Brasil.
A Volkswagen já anunciou que esse investimento será para a produção de tecnologia híbrida, e sistemas de segurança avançados, que já estão presentes nas novas versões do Nivus. As fábricas de São Paulo irão produzir dois modelos inéditos além do novo SUV Tera, além de um novo motor 1.5 TSI Evo, que será usado nos carros híbridos.
Toyota - R$11 bilhões
A Toyota foi pioneira na fabricação de carros híbridos no Brasil, com o Corolla, e pretende expandir cada vez mais essas atividades. Esse investimento será para a fábrica de Sorocaba (SP), para a ampliação dela, que já vem acontecendo.
O primeiro carro que a fabricante japonesa fará após os investimentos será o Yaris Cross para 2025, e uma caminhonete derivada do Corolla Cross para competir com a Fiat Toro, que será híbrida plug-in, e já está em desenvolvimento.
Hyundai - R$5,5 bilhões
Os investimentos da montadora coreana serão para até 2032, e não vão se resumir apenas a motores elétricos e híbridos. A proposta é focar em um novo combustível, o hidrogênio verde, que é produzido a partir de energias renováveis. A Hyundai sabe que o gasto para essa mudança será elevado, porém não deu mais detalhes sobre o caso.
BYD - R$5,5 bilhões
A BYD está querendo finalizar as obras da antiga fábrica da Ford, em Camaçari (BA), já que o investimento da montadora, que antes era de R$3 bilhões, aumentou para R$5,5 bilhões graças ao Programa Mover. O dinheiro investido está sendo usado não só para reformar a fábrica, mas também para construir prédios residenciais próximos à região, que irão alojar mais de 4.000 pessoas. A expectativa da fabricante chinesa é gerar cerca de 10.000 empregos.
Agora, em relação aos carros que vão ser fabricados lá, em um primeiro momento, apenas o Dolphin Mini e o Song Pro. Também está em desenvolvimento um motor híbrido plug-in flex.
Lista completa
1- Stellantis: R$30 bilhões
2- Volkswagen: R$16 bilhões
3- Toyota: R$11 bilhões
4- GM(Chevrolet): R$7 bilhões
5- Hyundai: R$5,5 bilhões
6- BYD: 5,5 bilhões
7- GAC - R$5,5 bilhões
8- Honda: R$4,2 bilhões
9- Mitsubishi: R$ 4 bilhões
10- Comexport - R$ 400 milhões
GAC e Comexport
Caso você não tenha reconhecido esses nomes, saiba que a GAC é mais uma montadora chinesa que chegará ao Brasil não só para vender carros elétricos, como também híbridos leves, plug-in e modelos à combustão. Ela estava disputando com a BYD a compra da fábrica de Camaçari, mas não conseguiu vencer.
Já a Comexport, não se trata de uma montadora, e sim de uma importadora que trabalhará na antiga fábrica da Troller, no Ceará. Seu objetivo principal é auxiliar marcas que não possuem plantas no Brasil para que possam evitar grande parte dos impostos e vender seus carros em solo brasileiro. Porém, a marca decidiu trabalhar na montagem dos veículos que antes seriam importados, e assim pretende gerar novos empregos, cerca de 9.000 vagas estarão disponíveis.
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