Muitos motoristas que vão pegar estrada neste fim de ano tentam “dar uma de esperto” ao instalar giroflex nos carros para forçar outros veículos a saírem da frente e ganhar tempo no trânsito. Porém, a prática, além de perigosa, pode pesar no bolso e gerar sérias consequências.
O uso inadequado do giroflex, dispositivo de iluminação intermitente normalmente associado a carros de polícia ou bombeiros, teve um aumento significativo de infrações em São Paulo.
Entre janeiro e outubro de 2024, o Departamento Estadual de Trânsito (Detran-SP) registrou 835 autuações relacionadas ao uso irregular de giroflex, mais do que o triplo das 271 multas aplicadas no mesmo período de 2023, o que representa um aumento de 208%.
De acordo com o Código de Trânsito Brasileiro (CTB), Art. 29, incisos VII e VIII, o giroflex é permitido apenas para veículos oficiais como carros de polícia, ambulâncias, caminhões de bombeiros, veículos de utilidade pública e prestadores de serviços autorizados. O equipamento deve ser utilizado exclusivamente para sinalizar prioridade no trânsito ou em emergências.
Qualquer veículo fora dessas categorias que for flagrado com giroflex está infringindo a lei e pode ser autuado com base no Art. 230 do CTB, que trata do uso de acessórios proibidos ou não autorizados.
O motorista que for flagrado utilizando giroflex de forma irregular estará cometendo uma infração grave. A multa é de R$ 195,23, somada a cinco pontos na CNH, além da possível retenção do veículo até que o equipamento seja retirado e o veículo regularizado.
Os cidadãos podem denunciar veículos que utilizam giroflex de forma inadequada diretamente aos órgãos competentes. O Ministério dos Transportes orienta que denúncias sejam encaminhadas para a fiscalização de trânsito ou o órgão executivo estadual de trânsito.
No estado de São Paulo, o Detran disponibiliza o telefone 181 para denúncias, onde é possível informar a placa do veículo e o local do flagrante.
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