A preocupação de todo motorista após o Réveillon tem relação com o bafômetro. Conforme indica a Polícia Rodoviária Federal (PRF), o ideal é esperar ao menos 12 horas para pegar no volante após ingerir bebida alcoólica. O que muitos condutores não prestam atenção, entretanto, é com a chamada "ressaca". Segundo um estudo feito pela Ford em parceria com o Instituto Meyer-Hentschel, dirigir um carro nessas condições é tão perigoso quanto estar embriagado.
No estudo, os motoristas utilizaram uma série de equipamentos para simular os efeitos da ressaca, como dor de cabeça, boca seca e sensibilidade à luz. Com dificuldade para dirigir e apresentando risco às pessoas no trânsito, essas "cobaias" comprovaram que levar um automóvel de ressaca é extremamente perigoso.
O levantamento da Ford com o instituto alemão não é o primeiro sobre o tema. Em 2015, o Colégio Europeu de Neuropsicofarmacologia constatou que a ressaca é comparável a estar com uma concentração de álcool no sangue entre 0,05% e 0,08%, taxa proibida em muitos países. Os efeitos levam até 24 horas para desaparecerem.
Já uma pesquisa do periódico britânico Addiction mostrou que os efeitos do álcool no cérebro podem continuar mesmo depois que as substâncias químicas presentes na bebida tenham deixado a corrente sanguínea. O estudo foi feito com 1.100 pessoas.
Por conta de todos esses levantamentos, em meio ao retorno do feriado de Ano Novo, o indicado é deixar o carro nas mãos de quem não ingeriu bebidas alcoólicas. O número de acidentes nas rodovias do Brasil, vale lembrar, costuma crescer neste período de festas.
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