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ESTUDO

Condições das estradas revelam verdade inesperada sobre rodovias estaduais

Conservação das estradas brasileiras mostra diferenças entre gestões estaduais e federais

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Qualidade de muitas estradas estão deixando a desejar
Qualidade de muitas estradas estão deixando a desejar Foto: Reprodução: X

Com as férias e muitas viagens, uma pergunta pode surgir: quais rodovias oferecem melhores condições para viajar, as estaduais ou as federais? Um estudo recente da Confederação Nacional de Transportes (CNT) ajuda a tirar essa dúvida ao revelar a qualidade das estradas brasileiras.

De acordo com o levantamento, apenas 12,4% de toda a malha rodoviária do país é pavimentada, representando cerca de 213.500 km dos mais de 1,7 milhão de quilômetros de estradas existentes. 

Dentro desse contexto, as rodovias foram classificadas em cinco categorias: ótimo, bom, regular, ruim e péssimo, considerando quesitos como pavimento, sinalização, geometria da via e pontos críticos.

As rodovias federais, que somam 67.835 km de extensão, apresentam 37,8% de trechos classificados como ótimos ou bons. Porém, a maior parte, 43,4%, é avaliada como regular. Os trechos considerados ruins e péssimos correspondem a 18,8% do total. 

Isso quer dizer que, apesar de serem essenciais para a logística nacional, as federais têm desafios grandes, como falta de manutenção constante e sinalização deficitária em alguns pontos.

Entre os aspectos positivos, os trechos sob concessão privada tendem a ter melhor conservação, já que recebem manutenção mais frequente e recursos para melhorias. Mas essa realidade não vale para todos os trechos, especialmente aqueles ainda sob gestão pública.

Já as rodovias estaduais, com 44.018 km de extensão analisados, possuem um cenário ainda pior. Apenas 25,3% das estradas são consideradas ótimas ou boas, enquanto 36% são avaliadas como regulares. 

A proporção de rodovias ruins ou péssimas alcança preocupantes 38,7%, o que revela problemas graves de pavimentação, sinalização e geometria.

Ou seja, a dificuldade comum em muitos estados brasileiros é a falta de investimentos em infraestrutura rodoviária. Enquanto algumas regiões priorizam as rodovias sob concessão, outras ainda possuem dificuldades financeiras para manutenção adequada.

Ao escolher viajar por rodovias federais ou estaduais, é importante levar em conta a localização, o estado geral das estradas e a presença de trechos sob concessão. Estradas pedagiadas geralmente tem melhores condições.

Para motoristas que querem maior segurança e conforto, as rodovias federais podem ser a melhor escolha, já que os trechos passam por regiões mais desenvolvidas. Já em estados com menor arrecadação, é comum que as rodovias estaduais apresentem maiores riscos, como buracos, falta de sinalização e pontos críticos que exigem atenção.

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