A Ram pode estar contando os dias para começar um projeto audacioso de produção de picapes médias, segmento que ela não atua desde que tirou a Dakota de linha, em 2011, nos Estados Unidos e 2000 no Brasil. Caso uma picape média saia do papel, a marca irá enfrentar concorrentes pesados como a Toyota Hilux, Ford Ranger, e no Brasil, precisamente, com a Chevrolet S10. O CEO da Ram, Tim Kuniskis, parece estar determinado a mudar esse posicionamento no comércio nacional.

Esses rumores de uma produção de picapes médias da montadora americana já não são novidades. Em 2023, uma picape desse porte seria montada no mesmo polo industrial onde é feito o Jeep Cherokee, em Belvidere, nos EUA, pertencente a Stellantis, segundo Rich Boyer, vice-presidente da UAW Internacional.

Na época, a Ram não se pronunciou sobre a afirmação de Boyer e atualmente a fábrica está fechada, com previsão de reabertura até 2028. Vale ressaltar que mesmo com essa suposta ativação da operação no polo, não há nada confirmado sobre a utilização por parte da Ram.

“Eu quero muito uma picape de médio porte”, disse o próprio executivo da Ram em entrevista. Dá para ver o entusiasmo que Boyer possui pelo possível futuro modelo. Caso essa fabricação se confirme, ela seria a sucessora da Dakota.

Caso uma caminhonete de porte médio venha, ela seria construída sob a plataforma STLA Frame, revelada recentemente. Ela foi projetada para veículos robustos como SUVs e picapes, além de ser adaptável a configurações híbridas, elétricas e até hidrogênio.

A estrutura permite autonomia de 1.100 km de alcance com extensor de alcance e 800 km sem o extensor, apenas com a bateria. Além disso, a carga útil tem capacidade de 1.224 kg e reboque de 6.350 kg. A nova arquitetura permite tensão elétricas entre 400 e 800 volts.