Com certeza já ouviu falar da correia dentada. Mesmo de não ser uma peça que você vê todo dia, ela é uma das principais peças para o funcionamento do motor e, se não for cuidada, pode dar um prejuízo gigantesco. Mas afinal, o que ela faz? Por que todo mundo fala que tem que trocar na hora certa? E o que pode acontecer se você atrasar?
A correia dentada é uma peça feita de borracha reforçada com fibra, cheia de pequenos dentes que encaixam perfeitamente nas engrenagens do motor. Ela tem a missão de sincronizar o movimento do virabrequim (que faz o carro andar) com o comando de válvulas (que controla a entrada e saída de ar e combustível no motor). Resumindo a ópera, sem a correia dentada, o motor simplesmente não funciona.
Essa peça apareceu pela primeira vez no Brasil no Chevette, em 1973, e ficou muito comum em carros com projetos europeus, como os populares Fiat Uno e Volkswagen Gol. Até hoje, diversos carros usam correia dentada, como o Chevrolet Onix, Volkswagen T-Cross, Nivus, Jeep Compass 2.0 turbo, Fiat Toro 2.0 turbo diesel, entre outros.
Correia dentada vs. corrente metálica
A correia dentada tem algumas vantagens sobre a corrente metálica, que também é usada em diversos motores no Brasil. Ela é mais leve, funciona de forma mais silenciosa e reduz as perdas mecânicas, o que melhora o consumo de combustível. Por outro lado, a durabilidade dela é menor, o que exige trocas periódicas.
Já a corrente metálica, feita de aço, pode durar centenas de milhares de quilômetros e geralmente não precisa ser trocada durante a vida útil do carro. Porém, ela é mais cara e pode fazer mais barulho no motor. A escolha entre correia ou corrente depende muito do projeto do carro e das prioridades da montadora.
Por que atrasar a troca é um problema?
A correia dentada está em constante movimento e sob alta pressão. Com o tempo, ela vai se desgastando por causa do calor, da vibração e da tensão no motor. Se ela não for trocada no prazo certo, pode arrebentar, e aí o prejuízo é grande: o motor pode travar, as válvulas podem entortar, e o conserto pode custar mais do que o carro vale.
Além disso, mesmo antes de arrebentar, uma correia muito desgastada pode começar a apresentar sinais de problema, como barulhos estranhos ou dificuldade para o motor ligar.
Quando trocar a correia dentada?
O intervalo de troca varia de carro para carro, mas a maioria das montadoras recomenda substituir a correia entre 60 mil e 120 mil quilômetros, ou a cada cinco anos, o que vier primeiro.
No caso do Chevrolet Onix, Tracker e Montana, a montadora aumentou a garantia da correia para 240 mil quilômetros. Isso porque houve relatos de problemas crônicos no material, e agora a Chevrolet reforçou a garantia para evitar dores de cabeça para os donos.
Lembrando que o prazo pode mudar dependendo do uso do carro. Se você dirige muito em condições severas, como trânsito pesado ou estradas de terra, a correia pode se desgastar mais rápido.
Como saber se está na hora de trocar?
- Barulhos estranhos no motor como um zumbido ou estalos.
- Dificuldade para ligar o carro: o motor pode estar “fora de sincronia”.
- Visível desgaste: se você abrir o capô e conseguir ver a correia, preste atenção em rachaduras, dentes desgastados ou partes soltas.
Se tiver dúvida, leve o carro ao mecânico para uma inspeção. É melhor prevenir do que pagar um conserto caro depois.
Cuidados para aumentar a vida útil
Além de trocar a correia no prazo, é importante cuidar de outros componentes do motor, como os rolamentos e as polias, que trabalham junto com ela. Se essas peças estiverem desgastadas, podem acelerar o desgaste da correia.
Por que a correia é tão usada em carros populares?
Diversos carros usam a correia dentada também porque ela é mais barata de fabricar e ajuda a reduzir o custo final do veículo. Para o dono, isso significa que o carro é mais acessível, mas exige mais atenção com a manutenção.
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