O projeto "Combustível do Futuro", sancionado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em outubro de 2024, está começando a sair do papel. Nos últimos dias, o Brasil começou a testar a nova gasolina com 30% de etanol - atualmente, a mistura pode chegar a 27,5%, com um mínimo de 18% do etanol.
Os testes, que acontecem entre janeiro e fevereiro, estão sendo conduzidos pelo Instituto Mauá de Tecnologia (IMT), selecionado pelo Ministério de Minas e Energia (MME). Neste período, serão avaliados os aspectos como emissões de gases poluentes e impactos técnicos em veículos de diferentes anos e tecnologias.
Segundo o IMT, os testes realizados em laboratório visam garantir que a mudança na composição da gasolina não afete a funcionalidade e a dirigibilidade dos carros. Os resultados preliminares serão entregues ao MME ainda no primeiro trimestre de 2025 para subsidiar a próxima etapa: o estudo de impacto regulatório.
O aumento da proporção do etanol na gasolina visa, principalmente, reduzir a emissão de gases de feito estufa. Com a implementação do "Combustível do Futuro", o governo federal espera destravar investimentos de R$ 260 bilhões e evitar emissões de 705 milhões de toneladas de dióxido de carbono até 2037.
Além disso, o projeto visa criar milhares de empregos, sobretudo no setor sucroenergético nacional, ampliando a competitividade do Brasil no mercado internacional de combustíveis verdes. A lei, ainda, institui o marco regulatório para a captura e a estocagem de carbono, processo de injeção do gás em reservatórios geológicos, que ocorre através de perfuração do solo.
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