x
UAI
SÓ EM 2026

Com crise, Volkswagen deve passar mais um ano sem lançar carro elétrico

Empresa alemã tenta reverter cenário com aliança estratégica, mas só deve lançar SUV elétrico em 2026

Publicidade
Volkswagen
Volkswagen Foto: Volkswagen/Divulgação

A Volkswagen está atravessando um momento difícil, isso não é novidade. Esse cenário ocorre principalmente por conta das montadoras chinesas com carros eletrificados, que tem avançado em ritmo acelerado. Porém, mesmo assim, em 2025, a montadora deve completar mais um ano sem lançar novos modelos elétricos. 

A situação é reflexo de uma série de fatores, como a perda de mercado na China, onde o Grupo Volkswagen era líder, e perdeu espaço pelas marcas chinesas que vêm crescendo rapidamente com seus elétricos mais competitivos em preço e tecnologia.

O último lançamento elétrico global da Volkswagen foi o ID.7, sucessor do Passat, em 2023. Desde então, não houve novidades na linha ID, a gama de carros elétricos da marca. A expectativa é que o próximo grande lançamento elétrico da VW seja fruto de uma parceria com a startup chinesa Xpeng e só chegue em 2026. 

Volkswagen ID.7 é considerado o sucessor do Passat
Volkswagen ID.7, o sucessor do Passat, branco, de frente, estacionado Foto: Divulgação

O projeto, que promete um SUV elétrico sob a marca Volkswagen, é resultado de um acordo de 700 milhões de dólares, garantindo à empresa alemã 4,99% de participação na Xpeng. A análise foi detalhada pelo site Bloomberg.

A parceria com a Xpeng foi anunciada em meados de 2023 como uma tentativa de acelerar o desenvolvimento de veículos elétricos, já que a Volkswagen vem ficando para trás frente à concorrência chinesa e ao avanço de outras montadoras. 

A aliança das empresas promete entregar um SUV elétrico competitivo, mas os detalhes sobre o modelo ainda são bem rasos. Até o momento, não há informações sobre design, motorização ou preço.

Volkswagen ID.4
Volkswagen ID.4 Foto: Maurício Campelo

Enquanto isso, outras marcas como Stellantis e General Motors têm apostado em estratégias mais rápidas. A Stellantis, por exemplo, se uniu à Leapmotors, enquanto a GM já apresentou no Brasil modelos da joint venture com a chinesa SAIC, todos com um preço mais agressivo para competir diretamente com as marcas chinesas.

E todos esses problemas financeiros foram afetados também na Europa. Em meio à queda nas vendas e ao aumento da concorrência, a VW chegou a considerar o fechamento de três fábricas no velho continente, mas voltou atrás. 

A dependência do mercado chinês, que já foi seu principal motor de vendas, se mostrou um risco com a ascensão das marcas locais. Assim, a Volkswagen perdeu relevância no país e agora tenta recuperar terreno. 

Mesmo assim, o maior mercado da Volkswagen ainda é a China em 2024 com 46% de participação, porém a queda de 2023 para o ano passado foi de 8,3%, segundo o relatório da montadora. A baixa vendas em mercados como Europa e China fez a empresa cair 1,4% nas vendas globais em relação com 2023. 

Enquanto isso, no Brasil…

No mercado brasileiro, a Volkswagen segue ativa e muito forte, como nos Estados Unidos — América do Norte foi o terceiro maior mercado para a VW (crescimento de 18,4% em relação a 2023). No Brasil, a empresa corre atrás do motor 1.5 EVO2 (híbrido) e segue focada nos modelos a combustão. A América do Sul representou um crescimento de 21,1% para a montadora alemã. 

Volkswagen Jetta GLI
Volkswagen Jetta GLI Foto: Divulgação/Volkswagen

Para 2025, as principais novidades confirmadas são o Volkswagen Tera — um SUV de entrada que promete aquecer o mercado —, o Nivus GTS, o Golf GTI e o facelift do Jetta GLI.