Quem compra um carro usado sabe que a tarefa pode não ser das mais fáceis. O principal problema é a desonestidade de alguns vendedores, que vendem veículos longe da condição ideal por preço cheio. O problema acontece no Brasil e também nos Estados Unidos, onde estimativas apontam que mais de 2 milhões de carros tenham o odômetro adulterado.
Segundo o site Carfax, 2,14 milhões de veículos em circulação nos Estados Unidos não mostram o número real de milhas percorridas no painel. A estimativa é que em 2023, por exemplo, 82 mil veículos passaram por este processo.
Na Califórnia, estado com maior número de habitantes dos Estados Unidos, a estimativa é que 484,5 mil carros tenham passado por esse processo. Na sequência aparecem Texas (294.200) e Nova Iorque (97.400). Entretanto, é na Virgínia onde a ação está em pleno crescimento, tendo registrado aumento de 11,7% nos casos.
Como esse mercado funciona?
No Brasil, é comum ver motoristas trocando de carro quando completam a marca de 100 mil quilômetros rodados, ou quem procura um modelo no mercado de seminovos, evitando os carros com maior quilometragem.
Sabendo do interesse em veículos pouco rodados, golpistas usam da tecnologia para modificar a quilometragem que aparece no painel de instrumentos do veículo, reduzindo, por exemplo, um carro de 350 mil km rodados para 50 mil km.
Em tese, essa ação atrai muito mais compradores e faz os vendedores desonestos cobrarem muito mais pelo que cobrariam pelo veículo mais rodado.
É importante ressaltar que isso pode acontecer também com veículos batidos ou com passagens por leilões diversos, que são reparados e podem parecer em boas condições, mas o vendedor deve ser honesto com o cliente.
Como se proteger de comprar um carro adulterado?
Apesar de não ser fácil, o cliente pode verificar alguns pontos de atenção antes de comprar um carro usado, além dos pontos tradicionais como funcionamento da parte mecânica Confira como saber se a quilometragem do carro pode estar adulterada.
- Verificar a data de fabricação dos pneus
Um carro muito rodado terá pneus mais novos, enquanto um carro que ficou muitos anos parado em uma garagem, por exemplo, terá os pneus com uma data de fabricação mais antiga.
- Verificar o manual do proprietário
Caso o carro tenha realizado manutenções programadas em concessionária, o manual contará com anotações de data e quilometragem do veículo quando o serviço foi realizado. Se a quilometragem indicada for superior à do odômetro, é claramente um carro fraudulento.
- Leve um mecânico de confiança
Profissionais especializados conseguem identificar sinais de desgaste em velas, discos e pastilhas de freio de forma mais fácil e podem ajudar a detectar situações que não condizem com a quilometragem indicada.
- Verifique bancos e acabamentos
Um carro mais antigo e obviamente mais rodado terá sinais claros de desgaste, principalmente no banco do motorista, painel de porta do condutor e até no volante. Por mais que o carro seja bem cuidado, sempre será possível detectar estes sinais.
É importante também verificar o volante e o painel em carros equipados com Airbag. Há casos onde o volante é remendado ou reconstruído após o airbag ter sido deflagrado.
- Procure por datas de fabricação
Algumas peças como os faróis e lanternas, por exemplo, contam com identificação da data em que foram fabricados. Isso pode ajudar o comprador a identificar possíveis substituições por conta de colisões.
- Desconfie de condições boas demais ou vendedor desesperado
É importante ficar atento para preços muito abaixo dos praticados pelo mercado, bem como condições muito vantajosas. Esses podem ser um sinal claro de que há algo errado no veículo. Além disso, vendedores extremamente insistentes em fechar o negócio pode levantar suspeitas.
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