A Ferrari anunciou que passará a restringir personalizações consideradas de mau gosto em seus veículos, com o objetivo de proteger os valores e a identidade da marca. O CEO Benedetto Vigna afirmou que a empresa está avaliando pré-definir combinações de cores e acabamentos para evitar modificações que possam comprometer a imagem da montadora.

Atualmente, apenas cerca de 40% dos clientes optam pela tradicional cor Rosso Corsa, enquanto muitos preferem cores exclusivas para se destacar. No entanto, pedidos considerados "extravagantes" ou "chamativos" têm preocupado a direção da Ferrari. "Precisamos prestar atenção, porque temos que defender os valores e a identidade da marca. Não faremos um carro estranho, com certeza", afirmou Vigna.

Embora a personalização seja uma fonte significativa de receita, representando um quinto do faturamento da Ferrari em 2024 e contribuindo para um aumento de 21% nos lucros, a empresa está disposta a recusar solicitações que considere inadequadas. Além disso, Vigna mencionou a possibilidade de incluir na lista proibida clientes que exagerem nas modificações de seus carros.

A decisão visa manter a exclusividade e o prestígio associados à marca, garantindo que os veículos permaneçam alinhados com os padrões estéticos e os valores que a Ferrari representa. Essa postura rígida já rendeu polêmicas no passado, como no caso do DJ americano Deadmau5, que foi notificado pela Ferrari após transformar sua 458 Italia em um "Purrari", com um design inspirado no meme Nyan Cat. Situações como essa reforçam a preocupação da montadora em evitar que personalizações extravagantes afetem a tradição e a imagem de seus modelos icônicos.