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Nissan desistiu de parceria com Honda por conta de sistema híbrido

Proposta da Honda para que a Nissan abandonasse seu sistema híbrido e-Power levou ao cancelamento das negociações

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Nissan Qashqai e-POWER N-Design
Nissan Qashqai e-POWER N-Design Foto: Divulgação: Nissan

As negociações de fusão entre as montadoras japonesas Honda e Nissan foram oficialmente encerradas na última semana, após menos de dois meses de discussões. A principal razão para o fracasso das tratativas foi a exigência da Honda para que a Nissan abandonasse seu sistema híbrido próprio, o e-Power, em favor da tecnologia híbrida da Honda.

A proposta da Honda incluía transformar a Nissan em uma subsidiária, o que gerou forte resistência por parte da equipe da Nissan, conhecida por modelos icônicos como Skyline, GT-R e Silvia. A perspectiva de perder autonomia e se tornar uma marca de "rebadges" foi considerada inaceitável pela direção da Nissan.

Além disso, a Honda solicitou que a Nissan substituísse seu sistema híbrido e-Power pela tecnologia híbrida da Honda, o que aumentou ainda mais a tensão entre as empresas. Apesar do encerramento das negociações de fusão, ambas as montadoras continuarão a colaborar em projetos relacionados a veículos eletrificados.

A Nissan tem investido significativamente no desenvolvimento de seu sistema e-Power, com planos para lançar uma terceira geração que promete ser 20% mais eficiente e 15% mais econômica em comparação com a versão atual. O sistema e-Power diferencia-se dos híbridos convencionais ao utilizar o motor a combustão apenas como gerador para carregar a bateria que alimenta o motor elétrico, proporcionando uma experiência de condução similar à de um veículo totalmente elétrico.

Atualmente, o e-Power está disponível principalmente no mercado asiático, com planos de expansão para os Estados Unidos em 2027, através do SUV Rogue, e para a Europa no ano fiscal de 2026, com o modelo Qashqai. Na América Latina, embora tenha sido prometido em diversas ocasiões, ainda não há previsão de lançamento no curto ou médio prazo.

Enquanto isso, a Honda continua avançando com seu sistema híbrido e:HEV, que utiliza motores de 1.5 e 2.0 litros operando no ciclo Atkinson. A empresa projeta uma melhoria de 10% na eficiência para os modelos equipados com o motor maior, além de uma redução de aproximadamente 90 kg no peso dos veículos em relação às versões atuais.

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