Com os carros elétricos ganhando terreno e a concorrência interna aumentando, a Chevrolet deve cessar a produção do Tracker na China com o fechamento de uma fábrica. A decisão faz parte de uma ampla reestruturação da General Motors no país, que também enfrenta o desafio de se adaptar ao mercado dominado por marcas locais em ascensão.
A indústria automobilística global está em constante evolução, principalmente no que diz a respeito dos últimos anos. E a GM não está imune às transformações do mercado chinês, o maior do mundo.
Com isso, a montadora deve dar fim à produção do Chevrolet Tracker na fábrica de Shenyang, seguindo os passos do sedã Onix que já deu adeus no Oriente. A informação vem da agência Reuters, que citou fontes ligadas à GM, onde comentou que o encerramento da fábrica deve ocorrer ainda neste mês.
A fábrica, conhecida como SAIC-GM, é uma joint venture entre a GM e a empresa chinesa SAIC. Além do Tracker, o local também é responsável pela produção da minivan Buick GL8. O Tracker não deverá ser realocado para outra fábrica, marcando o fim de sua produção no país asiático.
Esta decisão é uma consequência direta do crescimento das montadoras chinesas, que, apoiadas por subsídios governamentais, têm oferecido veículos de alta qualidade a preços competitivos. Marcas como a Volkswagen, Volvo, Audi e a própria GM têm encontrado dificuldades para manter sua participação no mercado frente a essa nova realidade, que favorece os fabricantes locais.
Outras grandes montadoras, como a Stellantis, também passam por reformulações devido a esse mercado, tentando adaptar-se ao ritmo acelerado de mudanças e à preferência dos consumidores por veículos eletrificados.
No Brasil, a situação do Tracker é diferente. O SUV continua sendo produzido em Gravataí (RS), e está previsto para receber uma reestilização em breve. Essa atualização faz parte do investimento de R$ 7 bilhões no país até 2028, que inclui o lançamento de cinco novos modelos apenas em 2025.
A reestruturação da GM na China inclui um investimento de 4 bilhões de dólares em ajustes estruturais, como o fechamento de fábricas. Apesar disso, a GM registrou um lucro operacional positivo na China no último trimestre antes da reestruturação, sinalizando que ainda há espaço para otimismo.
Em uma conferência automotiva em Nova York, Mary Barra, CEO da GM, destacou que o futuro da montadora na China focará nas marcas Cadillac e Buick, mirando o mercado premium. Este segmento ainda atrai um grupo considerável de consumidores chineses e representa uma oportunidade para a empresa.
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