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Tesla em chamas: entenda o que está por trás dos protestos contra Elon Musk

Concessionárias da Tesla viram alvos de ataques após polêmicas com o CEO Elon Musk

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Protestos contra Elon Musk, CEO da Tesla
Protestos contra Elon Musk, CEO da Tesla Foto: Reprodução

A Tesla está no centro de uma tempestade com seus carros queimados na França, coquetel molotov nos Estados Unidos e protestos em várias lojas mostram a revolta contra Elon Musk, chefe do Departamento de Eficiência Governamental de Donald Trump. 

Com vendas em queda livre, cerca de 45% na França e Noruega, 42% na Suécia e 48% na Dinamarca, a marca do bilionário está arcando com as consequências, principalmente da suposta saudação nazista em um gesto com o braço durante um discurso em celebração à posse de Donald Trump. Porém os protestos não escapam da fúria de consumidores e ativistas. 

Na França, uma concessionária da Tesla teve 12 carros incendiados, gerando um prejuízo de 700 mil euros (cerca de 4,3 milhões de reais). Nos Estados Unidos, há relatos de um ataque usando coquetel molotov em uma loja da marca.

Tesla queimado na França em resposta as polêmicas de Elon Musk
Tesla queimado na França em resposta as polêmicas de Elon Musk Foto: Reprodução

Esses incidentes não são isolados, já que no mundo, as concessionárias da Tesla têm sido alvo de protestos. A figura de Elon Musk, CEO da empresa, que vem acumulando polêmicas e arrastando a reputação da montadora junto com ele.

Musk, o bilionário por trás da Tesla e de empresas como SpaceX e X, assumiu um papel de destaque no governo de Donald Trump, que voltou à presidência dos EUA em 2025. Ele lidera o chamado Departamento de Eficiência Governamental, conhecido como DOGE, uma iniciativa que não é oficialmente um órgão do governo, mas atua dentro da Casa Branca com a missão de cortar gastos, reduzir regulamentações e “enxugar” a máquina pública. 

A ideia, segundo Musk e Trump, é tornar o governo mais eficiente, mas críticos dizem que isso dá poder demais a um empresário sem cargo eleito, gerando temores de conflitos de interesse com seus negócios.

Dono da Tesla e da rede social X, Elon Musk faz saudação considerada nazista em discurso de posse no governo dos EUA
Dono da Tesla e da rede social X, Elon Musk faz saudação considerada nazista em discurso de posse no governo dos EUA Foto: Reprodução

Além disso, Musk enfrenta acusações de ter feito gestos interpretados como saudações nazistas, algo que ele nega veementemente. Apesar das negativas, vídeos e declarações públicas do bilionário – incluindo apoio a figuras políticas controversas – inflamaram a revolta de consumidores, ativistas e até ex-fãs da Tesla. 

Nos EUA, também está acontecendo protestos como o “Tesla Takedown” pedindo boicote à marca, enquanto na Europa a insatisfação cresce.

Os números não mentem: a Tesla sente o impacto direto dessa crise. Na França e na Noruega, as vendas despencaram 45% em relação ao ano anterior. Na Suécia, o declínio foi de 42%, e na Dinamarca, 48%. Em outros países europeus, como Alemanha (onde caiu até 59% em janeiro comparado com o mesmo período do ano passado) e Reino Unido (12% de queda). 

As quedas vem principalmente pela rejeição do CEO da Tesla. Porém, a concorrência de outras montadoras chinesas e na Europa também afetam a queda no mercado, somada à espera por modelos atualizados como o Model Y.

Protestos contra Elon Musk, CEO da Tesla
Protestos contra Elon Musk, CEO da Tesla Foto: Reprodução

Os ataques às lojas da Tesla vão além do vandalismo. Nos EUA, manifestantes acusam Musk de usar o DOGE para desmantelar políticas ambientais e trabalhistas que beneficiam o povo, enquanto na Europa sua proximidade com Trump piora ainda mais o cenário. 

Na Europa, grupos já foram vistos pichando Teslas e concessionárias com mensagens contra o bilionário e símbolos nazistas.