A Toyota está iniciando a sua trajetória com os carros elétricos e o C-HR+, um SUV compacto que entrega até 342 cv e alcance de 600 km, é uma das apostas da montadora japonesa neste mundo. Construído do zero na plataforma e-TNGA 2.0, o modelo mistura o estilo cupê do C-HR híbrido com potência de sobra e zero emissão.
Com mais de 1 milhão de C-HRs vendidos na Europa desde 2016, a marca quer repetir o sucesso agora no mundo dos elétricos, enfrentando rivais como Tesla Model Y e VW ID.4. Previsto para chegar às ruas no fim de 2025 na Europa, ele pode dar as caras nos Estados Unidos em 2026, e quem sabe até no Brasil.
A versão mais forte do SUV tem tração integral, dois motores elétricos e 342 cv, indo de 0 a 100 km/h em 5,2 segundos – números que o colocam entre os Toyota mais potentes da Europa, exceto a linha GR. A bateria de 77 kWh permite até 526 km de alcance (WLTP). Para quem quer economia, a versão de entrada tem tração dianteira, 165 cv e bateria de 57,7 kWh, com 455 km de autonomia.
No meio-termo, outra opção FWD com 224 cv e a mesma bateria de 77 kWh chega a 600 km. A Toyota diz que os motores são mais eficientes que os do bZ4X, e a suspensão foi ajustada para entregar um manejo ágil, com corpo rígido e centro de gravidade baixo.

O visual é novo, mas mantém a forma cupê que fez o modelo original virar ícone. A frente traz a nova identidade da Toyota, como o Prius, por exemplo, com faróis em “C” com LEDs adaptativos, uma grade típica de carros elétricos, sem saída de ar, e linhas afiadas. A silhueta tem teto baixo e aerodinâmico, com spoiler traseiro e lanternas finas ligadas por uma barra iluminada que pisca em sequência de boas-vindas.
São 4,52 m de comprimento, 1,83 m de largura e 2,75 m de entre-eixos, ou seja, maior que o C-HR híbrido, mas menor que o bZ4X. O interior tem uma grande semelhança com o Lexus.

A recarga rápida vai até 150 kW (DC), indo de 30% a 80% em cerca de 30 minutos. Para economizar energia, ele traz bomba de calor no ar-condicionado, bancos e volante aquecidos e até para-brisa térmico. A aerodinâmica possui o chamado teto em “ducktail” e spoilers que cortam o vento, ajudando na autonomia.
O C-HR nasceu em 2016 como um divisor de águas para a Toyota na Europa, misturando estilo de cupê com praticidade de SUV. Vendeu 1 milhão de unidades em duas gerações, sendo um dos modelos que mais trouxe clientes novos para a marca — mais da metade dos compradores citou o design como motivo principal.

A segunda geração, de 2023, já tinha híbrido convencional e híbrido plug-in. Nos EUA, o C-HR saiu de linha em 2022, trocado pelo Corolla Cross, mas o C-HR+ pode voltar como opção elétrica abaixo do bZ4X, talvez na faixa dos US$ 30 mil a US$ 35 mil – um preço que bateria de frente com o Tesla Model Y de entrada.
Na Europa, o C-HR+ chega em 2025 para disputar o segmento C-SUV elétrico, que cresce rápido. Ele encara o VW ID.4 (até 550 km de alcance), o Ford Mustang Mach-E (até 600 km) e o Tesla Model Y (até 533 km WLTP).
Nos EUA, ainda não há confirmação, mas o sucesso na Europa pode abrir as portas. No Brasil, onde o bZ4X já roda e a GAC Motor (parceira da Toyota) está vindo à terra tupiniquins com investimento de R$ 5,4 bilhões, o C-HR+ seria um sonho distante, mas não impossível.
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