Um grupo de motoristas conhecido como “rolê dos sem topete” tem causado transtornos e colocado vidas em risco ao fechar rodovias para realizar manobras perigosas. O caso mais recente aconteceu em São Paulo, onde dezenas de veículos bloquearam uma via para promover exibições de alta velocidade e derrapagens, ignorando as leis de trânsito.

Os participantes, que frequentemente registram suas infrações e compartilham vídeos nas redes sociais, parecem não temer a fiscalização. Isso se deve, em parte, à rejeição da chamada “Lei Anti-Sem Topete” em 2020, que visava punir com mais rigor motoristas que divulgassem atos ilegais no trânsito. Sem a regulamentação, as autoridades enfrentam dificuldades para coibir a prática.

Além da imprudência no trânsito, os eventos organizados por esse grupo envolvem bloqueios completos de rodovias, impedindo a circulação de outros motoristas. Em algumas ocasiões, relatos apontam que os condutores participantes intimidam aqueles que tentam furar os bloqueios, reforçando o clima de impunidade.

A polícia informou que investiga os envolvidos e pretende aplicar penalidades com base nas infrações registradas. Especialistas alertam para os riscos desse tipo de comportamento, que pode levar a acidentes graves e comprometer a segurança de outros motoristas que trafegam nas rodovias bloqueadas.

Apesar da crescente repercussão e das reclamações da população, medidas efetivas para impedir esses eventos ainda são limitadas. Autoridades de trânsito discutem novas estratégias para coibir essas ações, incluindo o monitoramento de redes sociais para identificação prévia dos organizadores e um possível endurecimento das punições para infrações desse tipo.

Enquanto não há mudanças na legislação, o “rolê dos sem topete” segue desafiando as autoridades, acumulando infrações e colocando em risco a segurança viária.