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De rivais a aliados

Honda usará baterias da Toyota para driblar impostos

Apesar de rivais de longa data, Honda precisa da Toyota para se manter competitiva nos Estados Unidos

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Honda CR-V Advanced Hybrid
Honda CR-V Advanced Hybrid Foto: Honda/Divulgação

O ditado diz que a união faz a força, e os japoneses de Honda e Toyota podem estar se unindo para pagar menos impostos nos Estados Unidos. Pensando em driblar as novas tarifas de importação do governo de Donald Trump, a Honda pode passar a comprar baterias de alta tensão produzidas pela Toyota.

Atualmente, os carros híbridos produzidos pela Honda nos Estados Unidos contam com baterias importadas do Japão ou da China. A Toyota, por sua vez, está concluindo a construção de uma fábrica de 14 bilhões de dólares para a produção de baterias.

Segundo o jornal japonês especializado em negócios Nikkei, a Toyota fornecerá 400 mil baterias para a Honda a partir do início do ano fiscal de 2025, que começa em abril, justamente quando a fábrica da Toyota ficará pronta.

400 mil baterias por ano devem ser suficientes para atender a quantidade de carros híbridos vendidos pela Honda nos Estados Unidos. Em 2024, o número foi de 308 mil unidades comercializadas, mas claro, a marca planeja sempre aumentar suas vendas.

Segundo a imprensa local, a Honda estuda comprar baterias para carros híbridos diretamente da rival Toyota. Essa medida faria com que a Honda deixasse de pagar impostos de importação sobre suas baterias, uma vez que a Toyota produz este equipamento nos Estados Unidos.

A partir do dia 4 de março, o governo dos Estados Unidos irá taxar em 20% todos os itens importados da China. Nikkei afirma ainda que a expectativa é que a Casa Branca aumente os impostos de importações de carros de origem japonesa de 2,5% para 25% no futuro.

Apesar da negociação, isso não significa nenhum tipo de aliança entre as duas fabricantes, apesar de nada ainda ter sido oficializado pelas duas empresas. Vale ressaltar que a Honda tentou adquirir a Nissan no começo de 2025, mas as negociações não tiveram sucesso.

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