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NOS EUA

Protestos contra a Tesla: FBI promete "perseguir" manifestantes

Principal agência do Departamento de Justiça dos EUA chamou os manifestantes de "terroristas" e anunciou força-tarefa

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Tesla queimado na França em resposta as polêmicas de Elon Musk
Tesla queimado na França em resposta as polêmicas de Elon Musk Foto: Reprodução

A onda de protestos contra carros da Tesla, nos Estados Unidos, ganhou um novo capítulo na noite desta segunda-feira (24). De maneira oficial, o FBI declarou que irá lançar uma força-tarefa para investigar os casos. A principal agência do Departamento de Justiça dos EUA chegou a falar em "perseguir" os "terroristas".

 

"O FBI está investigando o aumento da atividade violenta contra a Tesla e, nos últimos dias, tomamos medidas adicionais para intensificar nossa resposta e coordenar nossas ações. Isso é terrorismo doméstico. Os responsáveis serão perseguidos, capturados e levados à justiça", disse o diretor do FBI, Kash Patel, na rede social X (antigo Twitter).

Os ataques às concessionárias da Tesla começaram após o empresário Elon Musk, CEO da montadora de veículos eletrificados, entrar para o governo do presidente Donald Trump. Neste período, o bilionário chegou a fazer um suposto gesto nazista e tomou atitudes polêmicas contra minorias. 

Protestos contra Elon Musk, CEO da Tesla
Protestos contra Elon Musk, CEO da Tesla Foto: Reprodução

Neste período, houve vários ataques contras as lojas da Tesla. Além de Trump condenar as manifestações, a procuradora-geral dos EUA, Pam Bondi, disse que o Departamento de Justiça já acusou várias pessoas pelos crimes.

"O enxame de ataques violentos à propriedade da Tesla nada mais é do que terrorismo doméstico. Continuaremos as investigações que impõem consequências severas aos envolvidos nesses ataques, incluindo aqueles que operam nos bastidores para coordenar e financiar esses crimes", disse Bondi em uma declaração.

Os ataques às lojas da Tesla vão além do vandalismo. Nos EUA, manifestantes acusam Musk de usar o DOGE para desmantelar políticas ambientais e trabalhistas que beneficiam o povo, enquanto na Europa sua proximidade com Trump piora ainda mais o cenário. 

Tesla em crise

Protestos contra Elon Musk, CEO da Tesla
Protestos contra Elon Musk, CEO da Tesla Foto: Reprodução

Os números não mentem: a Tesla sente o impacto direto dessa crise. Na França e na Noruega, as vendas despencaram 45% em relação ao ano anterior. Na Suécia, o declínio foi de 42%, e na Dinamarca, 48%. Em outros países europeus, como Alemanha (onde caiu até 59% em janeiro comparado com o mesmo período do ano passado) e Reino Unido (12% de queda). 

As quedas vem principalmente pela rejeição do CEO da Tesla. Porém, a concorrência de outras montadoras chinesas e na Europa também afetam a queda no mercado, somada à espera por modelos atualizados como o Model Y.