Toda empresa do setor automotivo espera que seus carros sejam sucesso de vendas, afinal, além de milhões de dólares investidos no projeto, é necessário sempre apresentar lucro para a matriz ao fim do ano. Confira alguns modelos que tinham potencial para ter sucesso no Brasil, mas decepcionaram suas fabricantes e tiveram vida curta.
1 - Peugeot Hoggar
Embora a Peugeot nunca tenha tido uma fama muito positiva no país, 206 e 207 conseguiram uma fatia de mercado. Strada, Saveiro e até mesmo a já ultrapassada Ford Courier, já faziam sucesso no segmento de picapes compactas em 2010, quando a Peugeot lançou a Hoggar.
A única tentativa da marca de oferecer uma picape por aqui foi nos anos 90, com o 504 pick up, que não teve tanto sucesso. A Hoggar seguiu a história de sua antecessora e não deslanchou nas vendas, muito por causa do fraco motor 1.4 de 82 cv de potência e a suspensão frágil do 207.
2 - Chevrolet Agile
Lançado em 2009, o Agile foi concebido para rejuvenescer a linha da Chevrolet e enfrentar o Volkswagen Fox, que apresentava bons resultados nos rankings de vendas. A General Motors investiu cerca de 700 milhões de dólares para produzir o hatchback na Argentina, mas apesar disso, a plataforma ainda era antiga.
Mesmo pensado para aposentar o Corsa, o Agile usava muitos equipamentos que seu antecessor usava, e também compartilhava muitas peças com o Celta. Pelo menos em termos de manutenção mecânica, o Agile era acessível.
Com 347 mil unidades produzidas entre 2009 e 2016, o Agile não fez sucesso no Brasil nem na Argentina. O design exterior e também da cabine, bem como a baixa qualidade dos plásticos empregados foram os principais pontos de queixa dos clientes.
3 - Chevrolet Sonic
Como já dissemos acima, a Chevrolet queria atualizar seus carros na metade da década de 2010 e outra tentativa para isso foi o Sonic. Importado do México e com carroceria hatchback e sedã, o modelo também foi oferecido nos Estados Unidos, onde também não teve sucesso.
O Sonic hatchback era menor que o Agile, embora o preço cobrado fosse mais alto. A versão sedã é mais comum de ser vista pelas ruas. Chegando para para substituir o Astra, o Agile contava com motor 1.6 16c Flex de 120 cv e 16,3 kgfm de torque no etanol e 116 cv e 15,8 kgfm de torque.
Tanto Agile quanto Sonic deixaram o mercado em 2014, quando o Onix já despontava nas vendas.
4 - Honda WR-V
Muitas pessoas nem devem se lembrar do Honda WR-V, mas o modelo foi lançado por aqui em 2017 como o primeiro modelo desenvolvido localmente pela fabricante. Conhecido popularmente como “Fit bombado”, o WR-V usava a plataforma do monovolume e tentava emular um SUV.
A expectativa da Honda era que o WR-V repetisse o sucesso do Fit, mas o WR-V vendia metade das unidades do seu irmão, que por sinal já vendia bem menos que o HR-V da época. O motor é 1.5 aspirado de 116 cv e 15,3 kgfm de torque.
5 - Fiat Linea
Em 2008 a Fiat tentou entrar em um segmento dominado por Honda Civic, Toyota Corolla, Chevrolet Vectra e Nissan Sentra com o lançamento do Linea. Apesar de menor, a marca seguiu com a aposta.
Além do visual pouco inspirador, o Linea contava com o polêmico câmbio automatizado Dualogic, o que ajudou a criar uma má-fama para o sedã médio da marca italiana.
6 - Hyundai Veloster
O Veloster chegou em 2011 ao mercado brasileiro com visual diferenciado e a exclusiva sacada das três portas. Com o nome e as propagandas da época remetendo à esportividade e velocidade, a realidade era inversa.
O motor do Veloster não era nada especial, sendo o mesmo 1.6 16v de 128 cv utilizado pelo HB20, o carro de entrada da marca sul-coreana. Nos Estados Unidos, o modelo pelo menos oferecia motor 1.6 turbo de 200 cv.
7 - Kia Rio
Lançar um hatchback “médio” apenas com motor aspirado em 2020 não parecia uma boa ideia, afinal, os demais representantes do segmento já apostavam em unidades turbo. Some isso ao fato da Kia contar com uma rede de concessionários pequena à época e você terá uma tempestade perfeita para o fracasso.
O Rio deixou de ser vendido no Brasil em 2021, com somente 540 unidades vendidas em dois anos. Outro fator que jogou contra o Rio foi o fato do modelo ser importado do México e a mudança no valor do dólar.
8 - Renault Symbol
Lançado em 2009, o Symbol tem história similar com a do Agile. O modelo era posicionado acima do Logan e utilizava muitas peças do Clio. A aposta da Renault era válida, já que Siena, Voyage e Prisma, referências do segmento, tinham bons números de venda.
Porém, o acabamento simplório e visual pouco inspirado, atrapalharam a vida do Symbol. O desejo dos brasileiros por sedãs era notório, visto que, Cobalt e Versa, lançados em 2011 e 2012, ainda tiveram bom desempenho no mercado.
9 - Volkswagen Up!
Apesar de ter feito relativo sucesso, o Up! não conseguiu cumprir seu principal objetivo, que era aposentar o consagrado e veterano Gol.
Mesmo oferecendo motor turbo de desempenho excelente e mais segurança, o Up era caro e pequeno demais para conquistar o público brasileiro e nunca deslanchou nas vendas.
No fim das contas, o Gol só foi aposentado em 2022, quando foi substituído pelo Polo Track. O Up, por sua vez, foi aposentado um ano antes, em 2021.
10 - Mercedes-Benz Classe A
Um Mercedes-Benz para todos? Era essa a ideia que o Classe A queria executar no mercado brasileiro. Apesar do tamanho compacto, ostentar a estrela de três pontos por um valor muito mais acessível era o grande chamariz do modelo.
No Brasil, além de ser muito pequeno e ter manutenção digna de um Mercedes, o Classe A enfrentou problemas por conta de sistemas elétricos e também do teste de alce, que o modelo apresentou uma falha catastrófica, ainda na Europa.
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