Mais de 55% dos motoristas brasileiros exageram no pedal e colocam o motor do carro em risco, de acordo com a pesquisa feita pela Mobs2. Além de multas e acidentes, o hábito pode causar desgaste precoce, queimar mais combustível e até danificar turbinas. 

José Cesário Neto, coordenador de capacitação e suporte técnico dos lubrificantes Mobil, explica que o jeito certo é pisar progressivamente, subindo a pressão aos poucos até o limite permitido, para não gastar combustível e proteger o veículo. “Em vez de pisar no acelerador de uma vez, aumentar a pressão gradualmente permite que o veículo se ajuste melhor e entregue potência de forma mais eficiente”, diz o especialista.

Os perigos da aceleração inadequada vão desde atrito interno até prejuízo no bolso. Quando você pisa fundo com o motor frio, por exemplo, o óleo ainda não lubrificou tudo direito, o que aumenta o desgaste de peças como pistões e bielas. 

Já quem gosta de dar aquela acelerada antes de desligar o carro – achando que “dá uma esquentada” – pode estar acumulando combustível não queimado, o que suja o motor e reduz a vida útil. Se o carro tem turbo, como um VW T-Cross 1.0 TSI ou um Jeep Compass 1.3 T270, a coisa piora: forçar a turbina logo após a partida, sem o óleo circular bem, desgasta os rolamentos e diminui a potência com o tempo.

Outro hábito comum é dar pisadas curtas e bruscas, tipo em congestionamentos. Isso engana o motor, que acha que precisa de mais força e injeta combustível extra, jogando dinheiro fora no posto.Para quem gosta de esticar a marcha até o limite em motores turbo logo cedo: sem lubrificação plena, a turbina sofre e pode até fundir.

Segundo Cesário Neto, é simples: acelere devagar e deixe o motor “respirar”. Assim, o óleo faz seu trabalho, o consumo cai e as peças duram mais.

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