O processo de reforma de pneus visa reaproveitar a carcaça de pneus usados, substituindo a banda de rodagem. A ideia principal é prolongar a vida útil do pneu, sem gastar muito e sem causar grandes danos ao meio ambiente. Essa prática é comum e segura em caminhões e ônibus, quando feita por uma empresa certificada.
Entretanto, a forma de pneus causa riscos à segurança, principalmente quando é feito em carros de passeio ou motocicletas. Como não é o ideal, empresas credenciadas para fazer a recauchutagem não fazem nesses veículos, portanto a reforma é feita de modo informal.
Segundo a Associação Nacional da Indústria de Pneumáticos (ANIP), os pneus de motos e carros de passeio reformados podem perder a aderência, principalmente em pistas molhadas. Além disso, há uma maior chance de aquecimento e desgaste, podendo causar um estouro em altas velocidades.
No caso das motocicletas, a recauchutagem é completamente não recomendada, visto que qualquer falha nos pneus de uma moto, ameaça diretamente a vida do motociclista. As falhas podem afetar a dirigibilidade, estabilidade, conforto e eficácia da frenagem, além da perda da aderência, podendo assim causar acidentes graves e fatais.
Os pneus em uma motocicleta operam com pressões diferentes, e sofrem muitas variações de temperatura. Ou seja, uma vez reformado, o pneu pode apresentar bolhas ou descolamento da banda de rodagem, colocando em risco a vida do piloto e do passageiro, se tiver.
O Brasil proíbe expressamente a reforma de pneus em veículos de duas rodas, por meio da Resolução 913/2022, do Contran. A prática coloca em risco a segurança de motociclistas, que podem sofrer graves acidentes com o uso deste pneu. As implicações legais são severas.
É importante ressaltar que, em caso de acidente, a oficina que realizou a recauchutagem pode ser responsabilizada diretamente pelo incidente. Tendo que responder judicialmente pelo ocorrido.
As informações apresentadas foram baseadas em dados apresentados pela Associação Nacional da Indústria de Pneumáticos (ANIP). A entidade representa o setor de pneus do Brasil e tem como objetivo promover a segurança das estradas e combater a reforma inadequada de pneus em motocicletas.
Caso o motociclista seja flagrado com o pneu reformado ou em más condições, será considerada infração grave, com multa no valor de R$195,23 e 5 pontos na CNH. Além disso, o veículo será retido mediante a regularização.
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