Carros elétricos possuem diversas particularidades e barreiras que impedem seu uso por diversas pessoas. A Mercedes-Benz revelou no Salão do Automóvel de Xangai, na China, uma “pintura solar” que permite usar a luz do Sol para carregar a bateria de alta tensão de seus carros elétricos.
A pintura solar apresentada pela Mercedes consiste em duas camadas. A primeira é responsável por cobrir toda a superfície do carro e é justamente a parte que gera energia conforme recebe a incidência solar.
Acima desta camada, uma segunda pintura, dessa vez utilizando nanopartículas, cobre a camada base e dará à carroceria a pigmentação escolhida para a carroceria.
A camada de nanopartículas permite que 94% da energia solar chegue à camada fotovoltaica. Segundo a empresa, a eficiência do conjunto é de 2% e mede apenas 5 micrômetros, ou 0,005 mm de espessura. O peso também é bem baixo: apenas 50g por m².
Segundo os estudos da Mercedes, a pintura é capaz de garantir cerca de 39 km de alcance por dia para os veículos pintados com ela, claro, desde que estejam “em condições ideais”, que não foram especificadas.
Dependendo da região do planeta, e da incidência solar, a quantidade de energia gerada pela pintura pode variar. Em Stuttgart, na Alemanha, a Mercedes-Benz calcula ser possível gerar energia para rodar 12 mil km em um ano. Em Pequim, por exemplo, esse número salta para 14.000 km, enquanto em Los Angeles, a estimativa é de 20 mil km.
Mercedes também inova com freios
A Mercedes-Benz também apresentou o novo sistema de freios para veículos elétricos, chamado de “In-drive Brake”. Nesse sistema, o freio passa a ser integrado ao motor e transmissão e substitui os tradicionais discos e pastilhas integrados à roda.
A novidade permite frenagens sem ruído, sem emissão de poeira (afinal, não haverá discos, pastilhas, nem atrito) e a durabilidade do sistema, que apresenta baixo desgaste e teoricamente é livre de manutenção.
As rodas também se beneficiam com menos massa, e podem ajudar na aerodinâmica e eficiência energética. Essa tecnologia permite um design completamente fechado para as rodas, uma vez que não haverá necessidade de resfriar os freios.
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