A bateria é frequentemente apontada como calcanhar-de-aquiles dos carros elétricos. Isso, porque esses componentes são grandes, pesados e, em tese, têm vida útil mais limitada que a do restante do veículo. Mas parece que a história não é bem essa, ao menos de acordo com um estudo divulgado pela empresa Recurrent.
A pesquisa analisou uma amostragem de 15 mil carros elétricos, todos produzidos entre 2011 e 2022. E apenas 1,5% desse total precisou realizar a troca das baterias. E esse percentual, que corresponde a cerca de 225 veículos, ainda inclui unidades de Chevrolet Bolt e do Hyundai Kona que tiveram tais componentes substituídos em ações de recall, devido a problemas.
Além do mais, no caso dos carros elétricos que necessitaram da troca da bateria, a maioria dos serviços foi realizada pela garantia. O período da cobertura para esses componentes não costuma ser inferior a 8 anos ou 160 mil quilômetros: muitos dos veículos analisados pelo estudo já havia superado esses limites de tempo e quilometragem. Porém, os fabricantes estimam uma vida útil maior, na casa dos 20 anos.
Esse dado sobre a durabilidade é importante, uma vez que as baterias de carros elétricos são de íons de lítio. Essa tecnologia é a mesma das baterias dos telefones celulares: isso significa que elas vão se degradando lentamente à medida que sofrem ciclos de descarga e recarga. Assim, é uma boa notícia constatar que esse processo de degeneração é mais lento do que se imaginava.
Ainda há muito por vir à tona sobre carros elétricos e baterias
O relatório da Recurrent destacou a melhor maneira de tirar conclusões sobre os carros elétricos é observando-os na utilização prática, nas ruas, pelas mãos dos consumidores. Porém, o texto pondera que, como a maior parte desses veículos ainda é relativamente nova, com menos de seis anos de uso, ainda existem muitas constatações a serem feitas.
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