Um automóvel chamou muita atenção, na última semana, durante a 8ª Exposição Brasileira de Automóveis Automotivos (EBAA), em Águas de Lindóia, São Paulo. A carroceria de um esportivo fora de série, produzido em 1960, que na época recebeu o nome de Brasília, foi exposta pela Matching Numbers Restaurações, com o objetivo de achar um comprador disposto a investir na recuperação do carro. A sucata estava coberta por ferrugem, com plantas crescendo no seu interior. Veja os detalhes no vídeo a seguir:
No vídeo é possível ver um banner exposto ao lado do carro e ainda outros veículos já restaurados pela empresa, e conta ainda a história do exemplar que aguarda reforma. Segundo a restauradora, o carro exposto pertenceu, quando novo, ao cantor Francisco Carlos e por conta do seu ineditismo como esportivo nacional e a fama de seu proprietário, foi tema de diversas matérias em revistas da época.
Anos depois, foi vendido para uma família do Norte do país que, posteriormente, optou por guardá-lo em uma propriedade no interior de Minas Gerais, para seguir com uma restauração. Porém, os planos mudaram após um acidente que danificou a dianteira da Brasília, e o serviço de restauro foi abandonado, assim como o carro. A Brasília foi deixada a céu aberto por quase cinco décadas, até ser resgatada pela restauradora para ser recuperada.
História do Brasília que tinha chassi de Fusca e cara de Karmann Ghia
Nomeado inicialmente de Volkswagen Brasília Esporte, o modelo de dois lugares produzido em Petrópolis (RJ), na década de 1960, pela fábrica Carroçaria Sport Ltda, foi um projeto artesanal, um esportivo fora de série, vendido pela Cassio Muniz S.A. Não tinha nenhuma relação com a Brasília produzida pela Volkswagen de 1973 a 1982.
Usando o chassi e vários componentes do Fusca, a Brasília de 1960 era construída em chapas de aço, exceto pelas partes móveis, como portas, capô e tampa do porta-malas, que eram moldadas em alumínio. Equipado com capota de lona ou teto rígido removível, o carro surgiu dois anos antes do lançamento da versão nacional do VW Karmann-Ghia, que, apesar da semelhança, trazia dimensões maiores.
Para adquirir uma Brasília Esporte os compradores tinham duas opções: a primeira, a compra convencional, por um valor elevado. Já a segunda maneira consistia em comprar um Fusca, novo ou usado, e desmontá-lo para que as peças fossem usadas na confecção do novo carro. Assim, o carro saía muito mais barato para o comprador, que levava pra casa um Fusca esportivo e conversível.
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