Carros com motor a combustão só poderão ser vendidos nos países da União Europeia até 2035. Essa foi a decisão do Parlamento Europeu, que aprovou tal proposta com 339 votos favoráveis e apenas 249 contrários, além de 24 abstenções. O texto, porém, ainda passará por outras análises antes de entrar em vigor.
Durante a votação, os parlamentares rejeitaram uma proposta de emenda para manter uma pequena cota de 10% nas vendas de carros a combustão. Representantes de alguns países, como a Itália, defendiam essa possibilidade, uma vez que ela beneficiaria fabricantes de veículos superesportivos, como Ferrari, Maserati e Lamborghini.
Políticos de partidos italianos argumentam que a cota mínima seria muito benéfica do ponto de vista econômico, uma vez que permitiria a manutenção de diversos empregos. Porém, a maioria dos parlamentares privilegiou a questão ambiental. Desse modo, só carros elétricos poderão ser vendidos no continente a partir de 2035.
O Parlamento Europeu optou por manter a meta do programa "Fit for 55", que tem como objetivo tornar a Europa neutra em emissões de CO2 até 2050. Antes disso, em 2030, as emissões já devem ser 55% menores em relação ao ano de 1990.
De qualquer modo, a questão não está fechada ainda. Isso porque, após a aprovação do Parlamento, o texto ainda terá que passar pela análise do Conselho Europeu e, posteriormente, pela da Comissão Europeia. Então, finalmente, a proposta ainda retornará ao Parlamento Europeu.
Última chance para os carros a combustão?
Durante esse período, que deve durar até outubro ou novembro, os motores a combustão ainda têm uma última chance de sobrevivência: há uma proposta para que pequenos fabricantes, como os de veículos artesanais, ainda possam utilizá-lo. Entretanto, mesmo se a medida for aprovada, essas empresas devem reduzir as emissões de CO2 em 15% até 2025 e em 55% até 2030.
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