Que os veículos elétricos são bem mais caros que os similares à combustão, não há a menor dúvida. Porém, essa diferença pode ser grande demais até para os consumidores europeus. É o que pensa Arnaud Ribault, executivo local da Citroën: durante uma entrevista, ele declarou que "a eletrificação tem aumentado tanto os preços dos carros que as pessoas poderão não conseguir mais comprá-los".
O executivo deu essa declaração durante uma entrevista à revista britânica Autocar. Ribault ainda reforçou as próprias afirmações, dizendo se tratar de uma "ameaça real". Entretanto, ele também contemporizou um pouco a situação, ponderando que a equipe da Citroën "está trabalhando para reduzir os custos de produção", sem, contudo, fornecer mais detalhes.
Do ponto de vista mecânico, os veículos elétricos são bem mais simples que os similares a combustão. Isso porque os motores deles não têm uma série de componentes, como sistema de arrefecimento, de admissão e de exaustão, além de fluidos, velas, válvulas, pistões e etc. O problema, porém, está no preço de algumas matérias-primas utilizadas na produção desses carros, em especial nas baterias.
A própria gama Citroën confirma que os carros elétricos têm preços bem mais elevados que os similares a combustão. O modelo C4, por exemplo, vendido na Europa, custa 22.900 euros (valor que equivale a cerca de R$ 127,3 mil) com um motor a gasolina. Porém, a versão elétrica do mesmo veículo vai para 35.300 euros (R$ 196,3 mil).
Carros elétricos podem ter preços 100% maiores
No mercado brasileiro, a situação é semelhante. Vale tomar como exemplo o Renault Kwid, que é um dos carros mais baratos do país quando equipado com motor a combustão, com preços a partir de R$ 64.690. Entretanto, a versão elétrica do mesmo modelo custa R$ 146.990: diferença de nada menos que 127%.
Carro elétrico custa R$ 139.990: assista ao vídeo e conheça o Caoa Chery iCar!