Nos últimos dias, a Just Stop Oil, uma organização contra as atividades que causam as mudanças climáticas, tem atraído a atenção da mídia por meio de seus protestos, cuja estratégia se baseia em ações que chamem o máximo de atenção possível. Isso incluiu jogar tinta nas pinturas mais famosas do planeta, como a "Os Girassóis", de Vincent Van Gogh. E, agora, as fabricantes de carros luxo são o alvo.
O objetivo dos ativistas climáticos é pressionar o governo britânico para não conceder novas licenças para a exploração de combustíveis fósseis e para deixar de produzir petróleo e gás.
Poucos dias depois de protestar no National Gallery, museu de Londres que guarda as mais célebres pinturas, os ativistas se dirigiram às portas das concessionárias de carros de luxo de Londres para sujar, com muita tinta, as fachadas das lojas.
De acordo com o El Confidencial, jornal de Madrid, o movimento Just Stop Oil é financiado por uma mulher americana milionária.
Bugatti, Ferrari e Bentley foram algumas das vítimas
Emma Brown, uma escocesa de 31 anos, se dedicou arduamente a pintar os vidros de várias lojas de carros de luxo. Usando um extintor modificado, carregado com tinta à base de água como "arma", a mulher vandalizou as vitrines de concessionárias da Bugatti, da Bentley e da Ferrari – todas estas localizadas na Berkeley Square e na Bruton Street, região Central de Londres.
Ela foi apenas uma entre os vários outros ativistas que participaram do ato. Segundo a polícia britânica, 583 membros do Just Stop Oil já haviam sido apreendidos – inclusive a própria Emma.
Felizmente, a tinta à base de água é fácil de limpar e, então, as vitrines das concessionárias logo ficarão cristalinas novamente. Além disso, nenhum veículo foi danificado, pois os ativistas não chegaram a entrar nos estabelecimentos.
Os carros de luxo ficaram fora de perigo assim como a pintura de Van Gogh, que teve apenas o seu cerco protetor de vidro atingido.
As futuras gerações pagam o preço
Alguns ativistas se manifestaram sobre o ato, argumentando que estão lutando pelas futuras gerações
“Pagamos contas exorbitantes de petróleo e gás, mas não é nada comparado ao preço que nossos filhos pagarão por isso. O novo petróleo e gás é uma sentença de morte para pessoas de todo o mundo. Eles podem nos colocar na cadeia, mas isso não vai parar nossa indignação com esse governo que joga milhões de pessoas debaixo do ônibus. Não estamos pedindo petróleo novo, estamos exigindo”
Carmen Lean, ativista
Não é a primeira vez que ativistas vão atrás de carros de luxo
Se no episódio de Londres os carros de luxo não chegaram a ser danificados, infelizmente, o mesmo não pode ser dito sobre as Ferrari clássicas que estiveram em exibição há alguns dias no Salão do Automóvel de Paris.
Nesse episódio, a organização Extinction Rébellion – posicionada nos mesmos moldes da Just Stop Oil – protestou contra as mudanças climáticas e o papel da indústria automotiva nesse cenário. Os envolvidos jogaram tinta diretamente nos vários carros de luxo expostos no evento.
Além disso, não contentes em danificar um Mondial T, um 360 Modena e um F430, eles passaram cola nas mãos para grudar nas Ferraris que haviam sido pulverizadas com tinta.
Ironicamente, o ato acabou por trazer mais impactos ambientais ainda, pois as Ferraris atingidas – cujos donos participavam de uma ONG que arrecada fundos para crianças com deficiência – terão de ser repintadas, o que gera mais consumo e mais resíduos para a natureza.
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