O Chevrolet Corsa foi lançado no Brasil no início e 1994. Ainda assim, uma unidade do compacto fabricada no Brasil já recebeu placa preta, certificando seu valor histórico e originalidade. Mas, não são necessários no mínimo 30 anos para obter a placa de colecionador?
Sim, mas a turma envolvida nessa façanha gosta do Chevrolet Corsa de uma forma nunca vista. A unidade que ganhou placa preta foi simplesmente a segunda a sair da linha de montagem de São José dos Campos, chassi RPCG00002, e isso aconteceu em 1993.
De acordo com esses fanáticos pelo Chevrolet Corsa, em 1993 foram fabricadas 148 unidades do modelo, entre as versões 1.0 Wind e 1.4 GL, já como modelo 1994, provavelmente destinadas à frota de imprensa e concessionárias. Daí, como para receber placa preta o que conta é o ano e fabricação, a unidade pôde recebê-la precisamente no último dia 25 de janeiro.
Muito perrengue para obter a placa preta
Na busca por esta unidade histórica, encontrada em Sorocaba, o proprietário esbarrou com um problemão. O Chevrolet Corsa chasso 02 apto à placa preta já tinha trocado o motor EFI, com apenas um bico injetor, por um um 1.0 MPFI, com um injetor para cada cilindro. Ele encontrou o bloco original do motor em uma oficina local, junto com o virabrequim e o resto do cabeçote.
O cuidado com a reconstrução do motor foi tão grande que o bloco original foi instalado e montado a partir de um motor doador idêntico. Porém, desse propulsor, só foi usado o que não havia disponível em peças novas e originais. O proprietário disse que ainda trocou os amortecedores dianteiros e a caixa de direção.
O Chevrolet Corsa Wind 1.0 azul Mozart
Quem apresentou o primeiro Chevrolet Corsa a receber placa preta foi o colecionador Alexandre Badolato, em seu canal do Youtube. Trata-se de um Corsa Wind 1.0 EFI com carroceria hatch de duas portas e pintura azul Mozart. O modelo de entrada tem para-choques, retrovisores e maçanetas em preto, além de rodas em aço com calotas.
O interior também está muito original, e recebeu apenas uma boa limpeza. O banco traseiro não tem apoios de cabeça, item que na época, com sorte, era oferecido em versões mais caras. O nicho do rádio está vazio, esperando por um som, o que já está nos planos do proprietário.
Para quem não viveu a época, o Chevrolet Corsa chegou ao Brasil em 1994, menos de um ano após seu lançamento na Europa, onde estava na segunda geração. O visual repleto de curvas foi um choque perto dos concorrentes "retões" de então - Fiat Uno, Volkswagen Gol "quadrado" e Ford Escort -, além do modelo da própria Chevrolet que ele chegou para substituir, o Chevette.
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