Desde que sofreu um acidente de esqui nos alpes franceses, em 2013, Michael Schumacher vive de maneira extremamente reclusa. Familiares e pessoas próximas não revelam quaisquer informações sobre a intimidade do heptacampeão mundial de Fórmula 1. Mas eis que, no último dia 19, a revista alemã Die Aktuelle publicou uma entrevista supostamente feita com o ex-piloto. Mas não era bem esse o caso...
Na verdade, a revista fez perguntas direcionadas a Schumacher ao site Character.ai, uma tecnologia de inteligência artificial capaz de simular conversas com pessoas famosas: trata-se de um mecanismo parecido com o Chat GPT. O resultado foram respostas elaboradas e bastante convincentes, que acabaram sendo propositalmente publicadas em nome do ex-piloto.
Entre as respostas, haviam detalhes aparentemente reveladores sobre a vida do ex-esportista alemão ao longo da última década. Uma dessas declarações, que acabou virando título interno da revista, dizia: "minha vida mudou por completo". A revista intitulou o conteúdo como "a primeira entrevista de Schumacher" após o acidente. Mas todas essas informações, claro, são falsas: foram inventadas por robôs.
A Die Aktuelle até esclareceu que, na verdade, as questões haviam sido feitas à inteligência artificial, mas apenas no fim da publicação. Àquela altura, o leitor já havia sido levado a pensar que o próprio heptacampeão tinha respondido às perguntas.
O resultado foram críticas de diversos setores da sociedade, inclusive de outros veículos de mídia, além da revolta dos parentes do ex-piloto. Um porta-voz da família Schumacher confirmou à rede brasileira ESPN que pretende mover uma ação judicial contra a Die Aktuelle.
E como está Schumacher?
Schumacher não aparece em público desde o acidente. As declarações sobre ele seguem praticamente as mesmas desde a alta médica, que ocorreu em junho de 2014. Os familiares afirmam apenas que o ex-esportista está consciente e se recupera lentamente.
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