Localizada em Betim (MG), a fábrica da Fiat concedeu férias coletivas para metade de seus funcionários, cerca de 5.500 pessoas. Segundo a empresa, o motivo foi a falta de componentes no mercado. A ação teve início no dia 20 deste mês na planta de motores e transmissões e no dia 22, na de veículos e ela se estenderá até o dia 1° de julho.
“A concessão de férias coletivas se destina a adequar o ritmo e volume de produção à disponibilidade de peças e insumos”, informou a Stellantis, grupo que controla a marca.
As demais fábricas da Stellantis, localizadas em Goiana (PE) e Porto Real(RJ) não foram afetadas desta vez.
A Fiat Betim é responsável pela produção dos modelos Mobi, Argo, Strada, Pulse e Fiorino. O polo automotivo produz, também, os motores 1.0 Fire e os 1.0 e 1.3 Firefly, aspirados e turbo, que são fornecidos para outras fábricas. Ao mesmo tempo, ele se prepara para a chegada de mais um modelo, o Fastback, que será apresentado no segundo semestre deste ano.
Crise não é só na Fiat Betim
O problema da falta de insumos, no entanto, não é recente no segmento automotivo; desde o início da pandemia da Covid-19, as montadoras de todo o mundo sofrem com o fornecimento insuficiente desses materiais. Dentre eles, incluem-se desde os semicondutores até plástico, metais e pneus.
No caso dos semicondutores, isso aconteceu porque a cadeia global de produção de componentes e chips eletrônicos mudou de estratégia para atender ao forte crescimento das vendas de eletrônicos no mundo durante esse período.