Há 46 anos no mercado europeu, o compacto Ford Fiesta terá seu fim anunciado em breve. De acordo com o jornal The Sun, do Reino Unido, a fabricante americana não tem planos de eletrificar o veículo e, portanto, a produção dele será encerrada em breve. Segundo o jornal, o fim da fabricação está marcado para meados de 2023.
A Ford vendeu mais de 16 milhões de Fiestas em 46 anos. O hatch ficou por 12 anos em primeiro lugar do ranking de veículos mais vendidos no Reino Unido, no período compreendido entre 2009 e 2020.
O Ford Fiesta ainda é produzido na Europa, onde ganhou uma nova geração em 2017. Atualmente, ele tem até uma versão híbrida, com motor 1.0. O veículo é produzido na planta de Colônia, na Alemanha, mas a Ford já anunciou que planeja montar carros elétricos por lá, sobre a plataforma MEB do Grupo Volkswagen.
Quando procurada, a Ford não quis comentar sobre o possível fim do Fiesta: "Estamos acelerando nossos esforços para ser totalmente elétricos e, assim, rever nosso portfólio de veículos de acordo com nossa estratégia de negócios. Não iremos comentar sobre especulações e iremos divulgar mais informações nos próximos meses."
O Fiesta não será o único clássico da Ford a dar adeus em breve. A própria Ford confirmou que o Focus também não terá uma nova geração e sairá de linha em 2025.
Ford Fiesta no Brasil
Por aqui, o modelo teve uma trajetória bem mais curta que na Europa. O hatch compacto desembarcou no Brasil em 1995, importado da Espanha: na Europa, ele já estava na terceira geração. A produção nacional começou no ano seguinte, já com uma ampla reformulação no visual.
Em 2002, o Fiesta nacional ganhou uma geração inteiramente nova, que "inaugurou" a fábrica da Ford em Camaçari (BA). Posteriormente, em 2013, a linhagem seguinte voltou a ser produzida em São Bernardo do Campo (SP) e saiu de linha com a desativação da fábrica paulista, em fevereiro de 2019.
Quase um ano depois, em janeiro de 2020, a Ford fechou também as fábricas de Camaçari (BA) e de Taubaté (SP) e, assim, deixou de produzir automóveis no país. Desde então, a multinacional atua no mercado brasileiro apenas como importadora.
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