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Quadrilha é presa após dar golpe milionário no seguro destruindo carros de luxo

Criminosos simularam pelo menos 12 acidentes e destruíram 25 veículos para receber indenizações

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Porsche Cayenne foi um dos modelos utilizados pela quadrilha
Porsche Cayenne foi um dos modelos utilizados pela quadrilha Foto: Porsche Cayenne foi um dos modelos utilizados pela quadrilha

(FOLHA PRESS) A Polícia Civil do Distrito Federal desmantelou uma organização criminosa que simulava acidentes e destruía carros de luxo para receber indenizações de seguro. Durante uma ação nesta segunda-feira (18), pessoas foram presas temporariamente por suspeita de participação no esquema.

As investigações apontam que o grupo atuava desde 2015 e simulou 12 acidentes automobilísticos, destruindo 25 veículos, disse a Polícia Civil. O total recebido de indenização das seguradoras chegou a R$ 2 milhões.

Os acidentes forjados envolveram carros de luxo das marcas Porsche, BMW, Audi, Volvo e Mercedes-Benz. e ocorreram em Brazlândia, Taguatinga, Ceilândia, Samambaia, Vicente Pires e Brasília. Além da prisão temporária dos integrantes da organização, a polícia cumpriu outros seis mandados de busca, o sequestro de 20 veículos e o bloqueio do montante de R$ 2 milhões das contas dos seis investigados.

Os suspeitos serão indiciados pelo crime de organização criminosa, que prevê pena de 3 a 8 anos de prisão.

Como os golpistas lucravam destruindo carros de luxo?

O suspeitos adquiriam carros de luxo importados com certo tempo de uso e de difícil comercialização, até mesmo alguns avariados, segundo a investigação. Os veículos eram consertados e eram contratados seguros, com valor de indenização correspondente a 100% da tabela Fipe.

Após a contratação do seguro, os suspeitos promoviam a colisão proposital dos veículos, que sofriam perda total. Para dificultar a descoberta de vínculo criminoso, eles revezavam-se na condição de proprietários, contratantes do seguro, condutores, terceiros envolvidos no acidente e recebedores da indenização, às vezes, via procuração.

Para também dificultar a investigação, eles registravam as ocorrências dos acidentes na Delegacia Eletrônica, afastando questionamentos da polícia judiciária sobre o sinistro. Por fim, conseguiam receber o seguro.

De acordo com as investigações, a organização era chefiada por um empresário de Taguatinga e por um ex-policial militar do Distrito Federal, licenciado da corporação em razão da emissão de 150 cheques sem fundos.

Eles adquiriam os veículos, registravam as ocorrências e envolviam parentes e amigos nos registros dos acidentes, contratação dos seguros e recebimento das indenizações.